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Publicado 12/12/2024 • 18:48
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Segundo relatório da Moody’s Ratings, a combinação de salários reais mais elevados e um ambiente de juros em queda está estimulando a demanda em diversos setores, como varejo, bens de consumo e serviços.
De acordo com a Moody’s Ratings, o aumento dos salários reais, impulsionado pela desaceleração da inflação em muitos países, tem sido um dos principais fatores para a melhora no consumo privado. Com maior poder aquisitivo, os consumidores têm se mostrado mais dispostos a gastar, especialmente em itens de maior valor agregado, como eletrônicos, eletrodomésticos e produtos de luxo.
No Brasil, por exemplo, o salário mínimo reajustado acima da inflação ajudou a aquecer setores como alimentos e vestuário. Da mesma forma, países como México e Chile também registraram avanços significativos no poder de compra das famílias.
Outro elemento fundamental no fortalecimento do consumo é a redução das taxas de juros em várias economias latino-americanas. Bancos centrais têm adotado políticas monetárias mais flexíveis, após períodos prolongados de juros elevados para conter a inflação. Essa mudança tem aumentado o acesso ao crédito, permitindo que consumidores adquiram bens duráveis e imóveis.
O setor de financiamento automotivo, por exemplo, tem experimentado crescimento em países como Colômbia e Peru, enquanto o setor imobiliário começa a dar sinais de recuperação em mercados maiores, como o Brasil e o México.
A Moody’s Ratings ressalta que a recuperação do consumo privado não beneficia apenas as famílias, mas também empresas e governos. Pequenos negócios têm registrado aumento nas vendas, enquanto grandes varejistas e indústrias ampliam suas operações para atender à crescente demanda. Economistas destacam que o consumo robusto também ajuda na arrecadação de impostos, fortalecendo as finanças públicas.
No entanto, o relatório alerta para a necessidade de manter a inflação sob controle e evitar endividamentos excessivos, tanto de consumidores quanto de governos. A sustentabilidade desse crescimento dependerá de políticas econômicas que conciliem estímulo ao consumo com responsabilidade fiscal e avanços na produtividade.
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