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Tarifas do Trump

Alex Soros acusa Trump de usar tarifas para favorecer Bolsonaro e enfraquecer Lula no Brasil

Publicado 21/08/2025 • 02:47 | Atualizado há 5 horas

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • Alex Soros, presidente do Conselho da Open Society, classificou as tarifas de Trump contra o Brasil como tentativa explícita de "mudar o regime" a favor de Bolsonaro e contra Lula, citando a carta oficial e políticas norte-americanas como evidências.
  • Soros afirmou que Trump reconsidera parte das sanções devido à inelegibilidade de Bolsonaro e a interesses econômicos — como a dependência dos EUA do café brasileiro —, mas usa tarifas como ferramenta de pressão política globalmente.
  • Criticou o comportamento de Trump como "bullying", ressaltando que ser seu aliado é pior que ser alvo, e destacou a ausência dos EUA na COP30 como falha grave do maior emissor de poluentes do mundo.
Alex Soros e Joe Biden

Leigh Vogel/Pool/Sipa USA

O ex-presidente dos EUA, Joe Biden, gratifica Alex Soros, filho de George Soros, com a Medalha Presidencial da Liberdade, durante cerimônia na Ala Leste da Casa Branca, em 4 de janeiro de 2025.

Medidas recentes adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que envolve tarifas e sanções contra o Brasil, foram classificadas por Alex Soros, presidente do Conselho da Open Society, como uma tentativa de influenciar o cenário político brasileiro e enfraquecer o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante um seminário promovido pelo BNDES e pela Open Society Foundations no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, 20, Soros afirmou que as ações norte-americanas têm como objetivo favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em detrimento de Lula. “No caso do Brasil, é claramente uma tentativa de mudar o regime contra o Lula e a favor do Bolsonaro. Está claro na carta que foi enviada, está claro nas políticas, se é que podem ser chamadas de políticas”, disse Soros, conforme registrado pelo evento.

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Tarifas como instrumento político

Segundo o empresário, Trump utiliza tarifas como instrumento de pressão política, mas, diante da inelegibilidade de Bolsonaro e de pesquisas que indicam desvantagens, Washington reconsidera parte dessas medidas. Soros comentou ainda que fatores econômicos, como o interesse dos americanos pelo café brasileiro, também pesam nessa decisão. “Os americanos adoram café e querem continuar tomando seu café”, afirmou.

O presidente do Conselho da Open Society ressaltou que, fora o caso brasileiro, Trump tem empregado tarifas como ferramenta de disputa em todo o hemisfério ocidental. Soros observou que só houve uma eleição em que Trump ou seu vice, J.D. Vance, conseguiram eleger um aliado, na Polônia. “Se olhar o mundo, é muito pior ser amigo do Trump do que inimigo dele. É muito melhor ser atacado por ele por motivos políticos do que ser amado por ele”, acrescentou.

Críticas ao comportamento de Trump

Alex Soros criticou o comportamento do líder norte-americano, comparando-o a um praticante de bullying, o que, segundo ele, eleva o sentimento patriótico nos países atingidos. “Eu disse no contexto dos Estados Unidos, e acho que se aplica ao mundo inteiro. Trump apenas respeita pessoas que são mais poderosas ou mais ricas do que ele. É uma fascinação que ele tem com estados como Arábia Saudita ou Catar”, explicou. “Você não pode permitir que os que fazem bullying te dominem. É importante lutar contra isso e segurar à frente sua posição.”

Sobre a crise climática, Soros destacou a ausência dos Estados Unidos na COP30 como um problema, já que o país é o maior emissor de gases poluentes, mas considerou a conferência uma oportunidade para o Brasil mostrar avanços em um momento crítico para o planeta. Para ele, a emergência do clima se torna uma preocupação secundária para muitos, diante da falta de perspectivas positivas. “Acho que nós não pensamos o suficiente no que as pessoas estão dispostas a sacrificar para combater a mudança climática, ou então está tão distante na forma, que não é algo de emergência. Então há uma paralisia”, concluiu.

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