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L’Oréal lança iniciativa pioneira para combater racismo no mercado de luxo

Publicado 14/12/2024 • 10:07

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • Programa "Afroluxo", desenvolvido em parceria com o estúdio Nina, inclui ações para melhorar o atendimento a consumidores negros e promover a inclusão no setor.
  • Levantamento do Instituto Locomotiva diz que 91% dos consumidores negros das classes A e B relataram já ter enfrentado situações de racismo em estabelecimentos de luxo.
  • Além disso, 59% apontaram o atendimento como o principal problema em suas experiências de consumo.

A L’Oréal, em parceria com o estúdio Nina, lançou o programa “Afroluxo” para enfrentar o racismo no mercado de luxo. A iniciativa inclui ações para melhorar o atendimento a consumidores negros e promover a inclusão no setor, após uma pesquisa revelar experiências negativas frequentes desse público.

De acordo com o levantamento, realizado pela L’Oréal com apoio do Instituto Locomotiva, 91% dos consumidores negros das classes A e B relataram já ter enfrentado situações de racismo em estabelecimentos de luxo. Além disso, 59% apontaram o atendimento como o principal problema em suas experiências de consumo.

Ações do programa “Afroluxo”

A L’Oréal adotou uma série de medidas para transformar essa realidade:

  • Criação de protocolos antirracismo: as marcas de luxo do grupo implementaram treinamentos obrigatórios para equipes de vendas, garantindo atendimento igualitário e inclusivo.
  • Auditorias anuais: revisões periódicas são realizadas para monitorar o cumprimento das diretrizes antirracistas.
  • Ampliar a oferta de produtos: a L’Oréal expandiu sua linha de bases da Lancôme, atendendo melhor consumidores de pele negra, e incentivou revendedores a adquirirem toda a gama de produtos direcionados a esse público.
  • Pacto com varejistas: os parceiros do grupo se comprometeram a adotar protocolos de atendimento e oferecer treinamentos específicos para suas equipes.

Impacto do racismo no consumo de luxo

Dani Rudz, especialista no mercado de luxo, comentou sobre o impacto do racismo nesse segmento. Segundo ela, muitos consumidores negros evitam frequentar lojas de luxo para não enfrentar olhares desconfiados ou abordagens discriminatórias.

“O racismo estrutural impede avanços e desestimula o consumo. É importante criar uma estrutura que acolha e faça esses clientes se sentirem pertencentes”, destacou Dani.

Inclusão como negócio e responsabilidade social

Além do impacto social, o programa Afroluxo também aborda o potencial econômico. Dados apontam que 32% da população das classes A e B no Brasil é formada por negros e pardos, representando um mercado expressivo que muitas vezes é negligenciado.

“Esse movimento da L’Oréal é um marco importante, tanto pela responsabilidade social quanto pelo reconhecimento do valor desse público no mercado de luxo. Esperamos que outras marcas sigam o exemplo”, concluiu Dani Rudz.

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