Eric Trump afirmou nesta sexta-feira (29) acreditar que o bitcoin chegará à marca de US$ 1 milhão nos próximos anos. A declaração foi feita durante a conferência Bitcoin Asia 2025, em Hong Kong, evento que abriu uma série de encontros sobre criptoativos na Ásia e que contará com a participação dos filhos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Eu realmente acredito que, nos próximos anos, o bitcoin vai chegar a um milhão de dólares. Não há dúvida”, disse.
Eric destacou ainda seu forte envolvimento com o setor, afirmando que atualmente dedica 90% de seu tempo à comunidade cripto.
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Durante o painel, o empresário americano e ex-apresentador de reality show também elogiou Simon Gerovich, presidente e CEO da empresa japonesa de tesouraria em bitcoin Metaplanet. Eric ingressou no conselho consultivo da companhia, listada em Tóquio, no início deste ano.
O preço do bitcoin subiu cerca de 86% nos últimos 12 meses, impulsionado pelo otimismo dos investidores após a vitória eleitoral do presidente Trump e por um ambiente regulatório mais positivo nos Estados Unidos em relação às criptomoedas. No entanto, vale lembrar que esse mercado costuma ser altamente volátil e já esteve marcado por atividades ilícitas e escândalos corporativos. Em 2022, o bitcoin e outras moedas digitais despencaram após a falência de várias grandes empresas do setor.
Expansão na Ásia
Eric Trump, ao lado de seu irmão Donald Trump Jr., tornou-se um dos principais nomes do crescente império cripto da família Trump. Os dois são cofundadores da mineradora de bitcoin American Bitcoin e também ajudam a administrar o projeto World Liberty Financial, apoiado pela família.
Agora, os irmãos ampliam sua atuação em ativos digitais para a Ásia. Pouco depois da visita a Hong Kong, Eric Trump deve seguir para o Japão a fim de participar de uma assembleia de acionistas da Metaplanet, segundo reportagem recente da Bloomberg News.
Ainda em setembro, Eric Trump e Donald Trump Jr. são esperados em uma conferência de criptoativos na Coreia do Sul e também estão confirmados como palestrantes principais no Token 2049 em Singapura, um dos maiores eventos de criptomoedas do mundo.
Antes cético em relação às criptomoedas, o presidente Trump também passou a apoiar a indústria cripto, chegando a se autodenominar o primeiro “presidente cripto”.
“A comunidade do bitcoin abraçou meu pai de uma forma que eu nunca tinha visto antes”, disse Eric Trump nesta sexta-feira, acrescentando: “E espero que isso tenha trazido grandes resultados.”
O governo Trump lançou uma série de ordens executivas e apoiou políticas bem recebidas pela indústria de ativos digitais, além de preencher sua equipe com defensores do setor, como David Sacks, chefe de IA e cripto da Casa Branca.
Trump também se envolveu diretamente em negócios de criptoativos, incluindo a World Liberty Financial e seu meme coin $TRUMP, o que gerou acusações de corrupção e favorecimento próprio por parte de parlamentares da oposição, que pedem investigações de ética.
Diante dos interesses compartilhados entre o presidente americano e os negócios de seus filhos no setor, analistas do mercado acompanharão de perto como os dois irmãos serão recebidos por autoridades governamentais durante a turnê asiática. As visitas ocorrem em meio à guerra comercial global em curso liderada por Trump, que tem a Ásia como um de seus principais alvos.
Um funcionário de Hong Kong e um parlamentar desistiram de participar da conferência Bitcoin Asia após recomendação para não interagir com Eric Trump, informou o South China Morning Post na quinta-feira, citando fontes próximas ao assunto.
Uma versão arquivada da página do evento confirmou que Eric Yip, diretor-executivo da Comissão de Valores Mobiliários e Futuros (SFC, na sigla em inglês), e o parlamentar Johnny Ng estavam inicialmente na lista de palestrantes, mas foram removidos.
A SFC disse à CNBC que Yip não pôde comparecer por causa de uma viagem de negócios, enquanto o South China Morning Post relatou que Ng afirmou ter desistido por motivos familiares.
O conselho legislativo de Hong Kong não respondeu a um pedido de comentário da CNBC.
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