Bolsas da Europa fecham sem direção única com fusões e crise política na França

As bolsas de valores da Europa encerraram o pregão sem um rumo definido nesta terça-feira (9), enquanto o mercado continua assimilando notícias sobre fusões de empresas e os desdobramentos da crise política na França, após a saída do primeiro-ministro François Bayrou.

Em Londres, o índice FTSE 100 avançou 0,23%, fechando em 9.242,53 pontos. Já em Frankfurt, o DAX recuou 0,31%, terminando em 23.733,20 pontos. Em Paris, o CAC 40 mostrou resiliência ao clima político e subiu 0,19%, chegando a 7.749,39 pontos.

O IBEX 35, em Madri, registrou alta de 0,15%, aos 15.024,30 pontos, enquanto o PSI 20, em Lisboa, caiu 0,86%, fechando em 7.687,51 pontos.

Os números ainda são preliminares.

Impactos da crise política francesa nas perspectivas econômicas

Apesar de, por enquanto, estar em segundo plano, o afastamento de Bayrou pode resultar em uma estagnação da economia francesa no último trimestre do ano, segundo o ING. O Commerzbank acrescenta que a escolha de um novo primeiro-ministro pelo presidente Emmanuel Macron “não deve alterar muito o cenário de impasse político”.

Para a Edmond de Rothschild AM, a crise política na França dificilmente resultará em mudanças relevantes nas contas públicas, lembrando que o déficit deve chegar a 5,4% do PIB em 2025 e a dívida, a 117%.

Fusões e aquisições movimentam o mercado

Em Londres, a Anglo American subiu 8,76% depois de anunciar um acordo de fusão com a canadense Teck Resources. Analistas do Jefferies enxergam essa união como um possível estopim para uma nova onda de consolidação no setor de mineração.

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Enquanto isso, em Milão, o Monte dei Paschi avançou 6,28% após informar que acionistas que representam cerca de 62% do capital do Mediobanca (+6,01%) aceitaram vender suas ações, abrindo espaço para que o banco italiano assuma o controle do concorrente.

Na Suíça, a Novartis caiu 0,25% após fechar um acordo de US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 7,59 bilhões, na cotação atual) para comprar a Tourmaline Bio. Já a holandesa ASML, referência em equipamentos para produção de chips, anunciou que vai investir mais de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,13 bilhões) na francesa Mistral AI em troca de uma participação de 11%, liderando uma rodada de investimentos que avaliou a startup de Paris em quase US$ 14 bilhões (R$ 75,90 bilhões).

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Chico Fireman

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