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Sobretaxas dos EUA freiam comércio com o Brasil, aponta Amcham

Publicado 10/09/2025 • 20:36 | Atualizado há 8 horas

KEY POINTS

  • Vendas brasileiras para os EUA somaram US$ 26,6 bilhões até agosto, mas recuaram 18,5% no mês, com forte impacto das sobretaxas sobre setores como petróleo, celulose e aço.
  • Compras do Brasil de produtos americanos chegaram a US$ 30 bilhões, alta de 11,4% no acumulado, mas com ritmo menor em agosto (+4,6%).
  • Enquanto ampliaram o déficit global, os Estados Unidos registraram saldo positivo de US$ 3,4 bilhões no comércio com o Brasil, alta de 355% em relação a 2024.

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Imagem gerada por IA/Times Brasil | CNBC

O comércio entre Brasil e Estados Unidos somou US$ 56,6 bilhões de janeiro a agosto deste ano, de acordo com o Monitor Brasil-EUA da Amcham Brasil. Apesar do crescimento acumulado em relação a 2024, o relatório mostra que as sobretaxas impostas pelos EUA começaram a reduzir o ritmo das trocas bilaterais, com impacto direto nas exportações brasileiras e no avanço das importações de produtos norte-americanos.

Exportações brasileiras em queda

As vendas do Brasil para os Estados Unidos chegaram a US$ 26,6 bilhões no período, alta de 1,6% na comparação anual. O resultado, porém, esconde a virada ocorrida em agosto, quando as exportações caíram 18,5%.

Os produtos atingidos pelas novas tarifas recuaram 22,4% no mês, após meses de crescimento impulsionado por embarques antecipados. Já os itens fora do alcance das sobretaxas também recuaram, com queda de 7,1% em agosto e de 10,3% no acumulado.

Entre os setores mais afetados no ano estão:

  • Óleos combustíveis de petróleo (-16,1%)
  • Celulose (-15,7%)
  • Ferro e aço semimanufaturados (-9,8%)

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Alguns segmentos, porém, seguiram em expansão. Destaque para carne bovina (+93,4%), café (+33,0%) e aeronaves (+11,2%), que mostraram crescimento mesmo em um ambiente mais restritivo.

Importações perdem ritmo

Do lado das importações, o Brasil comprou US$ 30 bilhões em produtos americanos entre janeiro e agosto, avanço de 11,4% frente a 2024. O ritmo, no entanto, desacelerou: em junho e julho, a alta superava 18%, mas em agosto ficou em apenas 4,6%.

Segundo a Amcham, setores integrados às cadeias produtivas dos dois países — como carvão mineral, usado pela siderurgia — já sentem os efeitos indiretos das sobretaxas.

“A forte desaceleração no ritmo das importações brasileiras vindas dos EUA sinaliza um efeito indireto das tarifas, reflexo do alto grau de integração e de comércio intrafirma entre as duas maiores economias das Américas”, avaliou Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil.

Superávit dos EUA aumenta

O relatório também mostra que, enquanto os EUA ampliaram seu déficit comercial global para US$ 809,3 bilhões (alta de 22,4%), o saldo com o Brasil foi positivo.

Entre janeiro e agosto, os Estados Unidos registraram superávit de US$ 3,4 bilhões, aumento de 355% em relação ao mesmo período de 2024.

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