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Eli Lilly e Novo Nordisk se preparam para batalha no campo dos medicamentos contra a obesidade
Publicado 13/09/2025 • 08:30 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 13/09/2025 • 08:30 | Atualizado há 4 horas
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Eli Lilly e Novo Nordisk se preparam para levar sua rivalidade ao próximo nível dos medicamentos para perda de peso: os comprimidos.
Ambas as empresas esperam lançar medicamentos orais para obesidade nos Estados Unidos em 2026, assim que receberem a aprovação regulatória. Comprimidos de uso diário podem introduzir mais pessoas aos GLP-1, a classe de remédios conhecida pelas aplicações semanais.
No entanto, após o comprimido da Lilly apresentar uma redução de peso menor do que os analistas esperavam em um ensaio clínico de fase final, surgiram dúvidas sobre como esses medicamentos orais serão adotados e qual empresa dominará o mercado.
Os médicos terão uma visão mais clara de como os comprimidos da Lilly e da Novo Nordisk se comparam nos próximos meses, quando a empresa divulgar os resultados de um ensaio direto entre os dois medicamentos, segundo o diretor científico da Lilly, Dan Skovronsky, em entrevista exclusiva à CNBC.
O principal objetivo do estudo é medir o quanto os comprimidos conseguem reduzir os níveis de açúcar no sangue em pessoas com diabetes tipo 2, mas também será avaliada a perda de peso.
“Nós não teríamos conduzido esse ensaio clínico randomizado de fase 3, comparando diretamente os dois medicamentos, se não tivéssemos muita confiança de que o orforglipron se sairia bem em comparação com a semaglutida oral”, disse Skovronsky.
Ele alertou contra comparações entre ensaios clínicos diferentes que não comparam os medicamentos diretamente, nos quais o comprimido da Novo parece mais eficaz e com menor taxa de abandono. Enquanto isso, o diretor científico da Novo Nordisk, Martin Holst Lange, disse em entrevista separada que “os dados falam por si só”.
O comprimido para obesidade da Novo é uma versão oral da sua injeção semanal Wegovy; já o comprimido da Lilly é um novo medicamento chamado orforglipron, diferente da sua injeção Zepbound. Segundo Skovronsky, a injeção da Lilly é o padrão-ouro em termos de eficácia, podendo ajudar pessoas a perderem mais de 20% do peso corporal.
Nem o comprimido da Novo nem o da Lilly são tão eficazes quanto o Zepbound. Na dose mais alta, o orforglipron proporcionou uma perda de peso de cerca de 12%, enquanto a semaglutida oral levou a uma redução de aproximadamente 17%. Isso levanta a questão: quantas pessoas optarão por um comprimido se ele resultar em menor perda de peso?
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Ainda assim, Wall Street espera que os comprimidos ganhem bastante espaço nos próximos anos. Analistas estimam que os medicamentos orais representem cerca de 20% dos US$ 80 bilhões (cerca de R$ 432 bilhões, na cotação atual) do mercado estimado de medicamentos para obesidade à base de GLP-1 até 2030, segundo dados da Evaluate.
Skovronsky acredita que os comprimidos podem eventualmente se tornar a forma principal de tratar a obesidade no mundo todo e que os medicamentos orais podem alcançar fatia de mercado maior do que os injetáveis.
Segundo ele, a maioria dos pacientes está mais preocupada com questões como oferta e conveniência, do que com o percentual de peso que podem perder — e, nesse ponto, acredita que o orforglipron leva vantagem.
O tratamento é um medicamento de molécula pequena, como a maioria dos comprimidos conhecidos, e pode ser fabricado mais facilmente do que os peptídeos usados nas injeções e no comprimido da Novo. Além disso, não exige restrições alimentares e de ingestão de líquidos, ao contrário da opção oral da Novo, que requer que o paciente espere 30 minutos após tomar o remédio para comer ou beber.
“Quando olho para os comprimidos, o orforglipron não tem efeito alimentar, é uma molécula pequena, então a fabricação deve ser mais fácil,” disse o analista da BMO Capital Markets, Evan Seigerman. “Mas com a nova gestão da Novo Nordisk, acredito que o novo CEO, Mike Doustdar, não vai simplesmente aceitar isso passivamente. Ele vai se empenhar para garantir que esse lançamento seja bem-sucedido.”
Após os resultados do ensaio da pílula da Lilly, Seigerman ajustou sua estimativa de participação de mercado, transferindo parte dela do orforglipron para a semaglutida oral. De acordo com a Evaluate, os analistas reduziram suas estimativas de vendas do orforglipron em 2032 em cerca de US$ 4,5 bilhões (R$ 24,3 bilhões) entre maio e setembro. Agora, estimam vendas de US$ 14,56 bilhões (R$ 78,6 bilhões) para aquele ano.
Skovronsky afirmou que é mais difícil prever a dinâmica de mercado do que os aspectos científicos.
“Nós fizemos um bom trabalho ao prever a parte científica”, disse. “Dissemos que criaríamos um medicamento oral com segurança, tolerabilidade e eficácia similares aos GLP-1 injetáveis. Fizemos isso. A parte científica se concretizou. Agora vamos ver como o mercado vai reagir.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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