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Investimentos bilionários da OpenAI impulsionam Oracle e o setor de tecnologia
Publicado 13/09/2025 • 11:21 | Atualizado há 2 meses
BREAKING NEWS:
OpenAI assina acordo de computação em nuvem de US$ 38 bilhões com a Amazon
ALERTA DE MERCADO:
Ibovespa B3 abre a semana em alta e flutua em torno dos 150 mil pontos
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Acordo Trump-Xi é um passo importante, mas ainda não resolve a falta de chips para o setor automotivo
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Publicado 13/09/2025 • 11:21 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo
Laptop com logo da OpenAI
A alta histórica das ações da Oracle nesta semana marcou o último capítulo da história de uma única empresa privada que domina o cenário tecnológico nos últimos três anos: a OpenAI.
No impressionante relatório de resultados da Oracle, a OpenAI foi um catalisador-chave, devido à enorme quantia que a startup de inteligência artificial planeja investir em computação em nuvem nos próximos anos.
O tema está se tornando familiar. Uma semana antes, as ações da Broadcom subiram quase 10% depois que a fabricante de chips e fornecedora de software anunciou um acordo de US$ 10 bilhões para desenvolver processadores personalizados para um cliente que analistas apontaram como sendo a OpenAI.
Entre as gigantes de tecnologia, a Microsoft mantém o vínculo mais próximo com a OpenAI, tendo investido mais de US$ 13 bilhões na empresa e atuando como seu principal parceiro de nuvem há seis anos. A trajetória da Nvidia rumo a se tornar a empresa mais valiosa do mundo também está intimamente ligada à OpenAI, já que suas GPUs (unidades de processamento gráfico) são essenciais para o desenvolvimento de grandes modelos de linguagem e para executar grandes cargas de trabalho de IA.
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Somente essas quatro empresas — Oracle, Broadcom, Microsoft e Nvidia — viram suas capitalizações de mercado combinadas crescerem mais de US$ 4,5 trilhões desde que a OpenAI ganhou visibilidade pública com o lançamento do ChatGPT no final de 2022. Esses ganhos explicam em grande parte por que Nasdaq e S&P 500 mantiveram fortes altas, com ambos os índices fechando em recorde na sexta-feira.
A influência desproporcional da OpenAI preocupa alguns especialistas de mercado. A empresa continua sendo uma startup consumidora de caixa, governada por uma entidade sem fins lucrativos. Sua avaliação de US$ 500 bilhões depende de um pequeno grupo de investidores apostando que a OpenAI prevalecerá frente à forte concorrência de empresas como Meta e Google, além de novos concorrentes altamente valorizados, como a Anthropic e várias empresas da China.
“Embora adoremos o ChatGPT, a OpenAI ainda é uma organização sem fins lucrativos, limitada em sua capacidade de captar recursos”, afirmou Gil Luria, analista da D.A. Davidson, em entrevista à CNBC.
Luria, que recomenda manter ações da Oracle, analisou os números da empresa enquanto suas ações registravam uma alta de 36% na quarta-feira — o maior ganho desde 1992.
No relatório trimestral divulgado na terça-feira à noite, a Oracle informou que assinou quatro contratos multibilionários com três clientes diferentes durante o período. Um deles foi com a OpenAI, que já havia informado que concordou em desenvolver 4,5 gigawatts de capacidade de data center nos EUA com a Oracle.
Os investidores já sabiam, com base em um documento apresentado à SEC em junho, que a Oracle assinou um contrato de nuvem de US$ 30 bilhões com uma empresa não identificada, com início previsto para daqui a dois anos. A CNBC confirmou uma reportagem do Wall Street Journal de quarta-feira de que a OpenAI concordou em investir US$ 300 bilhões em poder de computação ao longo de cerca de cinco anos, a partir de 2027.
Nos dois dias seguintes à alta histórica, as ações da Oracle recuaram, caindo mais de 6% na quinta-feira e outros 5% na sexta-feira, à medida que outros investidores passaram a compartilhar as preocupações de Luria.
As novas informações sobre o enorme compromisso da OpenAI com a nuvem deram uma visão mais clara da expansão da carteira de pedidos da Oracle. A empresa informou que suas obrigações de desempenho — uma medida da receita contratada ainda não reconhecida — cresceram 359% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 455 bilhões.
Luria comentou que a concentração da carteira da Oracle com um único cliente “reduz significativamente” o entusiasmo, especialmente se “mais de 90% vieram da OpenAI”.
A Oracle não respondeu a pedidos de comentário.
A OpenAI fez grandes compromissos com outros provedores de nuvem, incluindo CoreWeave e Google, e, segundo relatos, planeja investir US$ 19 bilhões no Stargate, projeto anunciado pelo presidente Donald Trump em janeiro para fortalecer investimentos em infraestrutura de IA nos EUA. O Stargate é uma joint venture entre OpenAI, Oracle e SoftBank, que lidera separadamente um investimento planejado de US$ 40 bilhões na OpenAI.
Luria disse que a principal lição é que “Sam Altman tem coragem de assinar cheques enormes sem se preocupar se algum dia poderão ser compensados”.
A OpenAI preferiu não comentar.
Embora a OpenAI continue operando no vermelho, a empresa espera que a receita continue crescendo em ritmo acelerado. Após atingir US$ 10 bilhões em receita recorrente anual em junho, a OpenAI projeta que esse número chegue a US$ 125 bilhões até 2029, confirmou a CNBC.
Na quinta-feira, a OpenAI deu um passo a mais rumo à formalização de sua transição para uma entidade com fins lucrativos. A empresa informou que sua controladora sem fins lucrativos continuará supervisionando o negócio e manterá participação acionária superior a US$ 100 bilhões, enquanto a entidade comercial se transforma em uma public benefit corporation.
A reestruturação é necessária para que a OpenAI possa garantir a totalidade dos US$ 40 bilhões da sua mais recente rodada de financiamento até o final do ano.
Para a Oracle, o aumento massivo nos gastos da OpenAI colocou a empresa perto do clube do trilhão de dólares, que atualmente conta com oito pares de tecnologia. A capitalização de mercado da Oracle chegou a cerca de US$ 930 bilhões na quarta-feira, antes de recuar para US$ 830 bilhões no fechamento da semana.
Byron Deeter, sócio da Bessemer Venture Partners, disse à CNBC no programa Money Movers que ainda é cético quanto às perspectivas da Oracle na IA. A empresa passou anos tentando alcançar seus concorrentes em infraestrutura de nuvem, onde fica atrás da Amazon, Microsoft e Google.
Deeter afirmou que a Oracle permanece como um “hiperescale de nível B”, sem posições relevantes em software ou chips de IA.
“Dois dias atrás, todos pensavam que a Oracle estava praticamente ausente na IA”, disse Deeter após o relatório de resultados. “Eles anunciam esse megaacordo, as pessoas acham que é o próximo grande hiperescale — e eu não compro essa parte.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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