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Escândalo de protetores solares na Austrália revela que marcas não entregam a proteção que prometem
Publicado 14/09/2025 • 18:07 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 14/09/2025 • 18:07 | Atualizado há 2 meses
Pexels
Uma pesquisa realizada na Austrália testou 20 protetores solares para verificar se o grau de proteção solar divulgado nas embalagens correspondia ao oferecido na prática. O resultado mostrou que, dos 20 produtos analisados, 16 apresentaram FPS incorreto.
A investigação foi conduzida pela CHOICE (Associação de Consumidores da Austrália), motivada pelo dado alarmante de que 2 em cada 3 adultos no país desenvolverão câncer de pele ao longo da vida. Os resultados indicam que o sol escaldante australiano não é o único fator responsável pelos índices elevados da doença.
O estudo, publicado em julho, contou com um laboratório externo e a participação de 10 voluntários. Todos aplicaram os produtos testados e passaram por um simulador de efeitos solares na pele. A partir da quantidade de vermelhidão nas áreas protegidas e não protegidas, foi possível comparar os níveis de FPS divulgados com os de fato oferecidos pelos protetores.
Apenas 4 dos 20 produtos testados passaram na avaliação da CHOICE, apresentando valor de FPS igual ou superior ao divulgado na embalagem. Os outros 16 protetores solares mostraram fatores muito menores — em sua maioria, próximos ao FPS 20.
O produto que apresentou o resultado mais discrepante em relação ao divulgado pela empresa e ao fator apontado pela pesquisa foi o protetor solar da Ultra Violette. Segundo a associação australiana, o protetor oferecia apenas FPS 4, ao contrário do 50+ indicado na embalagem.
Diante da descoberta, a CHOICE optou por refazer os testes em um laboratório na Alemanha, que confirmou resultados semelhantes.
Após a divulgação, a maioria das marcas negou os resultados, reafirmando que seus produtos eram seguros e que os rótulos estavam corretos. Apenas Aldi, Nivea, Woolworths e Neutrogena apresentaram resultados próprios que confirmavam o FPS indicado nas embalagens.
Em declaração à ABC News, o Cancer Council disse também possuir testes que comprovavam as classificações de FPS, mas informou que, por excesso de cautela, submeteu os produtos a uma nova rodada de verificações.
Meses depois, após garantir aos consumidores que seus itens eram seguros, a Ultra Violette retirou o produto alvo da pesquisa das prateleiras e admitiu que, em novos testes, a análise da CHOICE estava correta.
Em comunicado publicado no Instagram, a marca declarou que a “segurança, proteção e saúde dermatológica” seguem sendo prioridades da empresa e que todos os demais produtos foram submetidos a testes que confirmaram o FPS. “Lamentamos profundamente que um dos nossos produtos não tenha atingido os padrões dos quais nos orgulhamos e que vocês esperam de nós”, afirmou a nota.
Além disso, outras marcas que nem foram submetidas aos testes também começaram a retirar produtos das prateleiras. A empresa Naked Sundays, por exemplo, decidiu pausar a venda de um de seus protetores enquanto aguardava os resultados de confirmação do FPS.
A Austrália é um dos países que classificam os protetores solares como medicamentos, e não como cosméticos, o que os submete a inúmeros testes e regulamentações. Por conta disso, uma investigação conduzida pela Australian Broadcasting Corporation (ABC) revelou que um único laboratório dos Estados Unidos certificou oito dos 16 produtos que falharam nos testes da CHOICE.
O Princeton Consumer Research (PCR) é um laboratório utilizado por empresas que buscavam verificar o fator de proteção solar de seus produtos antes do lançamento. No entanto, segundo a investigação da ABC, os resultados fornecidos pela PCR se mostraram inconsistentes, levantando preocupações entre profissionais da área.
| Protetor Solar | Certificado do PCR | Resultados da CHOICE |
|---|---|---|
| Cancer Council: protetor infantil Clear Zinc Kids FPS 50+ | SPF 73 | SPF 33 |
| Cancer Council: protetor solar infantil SPF 50+ | SPF 73 | SPF 52 |
| Mecca: To Save Body Protetor Solar Hidratante FPS 50+ | SPF 72 | SPF 50 |
| Loção Protetor Solar Hidratante Premium Sun Bum 50+ | SPF 72 | SPF 39 |
| Cancer Council protetor solar Ultra 50+ | SPF 68 | SPF 24 |
| Woolworths protetor solar Loção Diária SPF 50+ | SPF 68 | SPF 27 |
| Cancer Council Todo dia SPF 50 | SPF 65 | SPF 27 |
| Ultra Violette: Protetor Solar Lean Screen FPS 50+ Mineral Matificante de Zinco | SPF 64 | SPF 4 |
Apesar dos escândalos, a CHOICE reafirmou a importância da utilização de protetores solares. A associação destacou que, embora os resultados revelem um cenário preocupante, o uso de qualquer protetor ainda é essencial para a saúde e para a prevenção do câncer de pele.
“Por favor, continue usando protetor solar. Protetor solar salva vidas. Um protetor solar com FPS 30 ou até 20 ainda oferece uma proteção significativa. Os australianos devem criar o hábito diário de usar protetor solar e reaplicá-lo regularmente, principalmente se forem nadar”, afirmou a CHOICE.
A entidade também lembrou que, embora o protetor funcione como um “escudo” contra os raios UVA, nenhum produto é 100% eficiente em bloqueá-los.
A recomendação é clara: sempre use protetor solar e, se possível, complemente a proteção com barreiras físicas, como chapéus, sombrinhas e óculos de sol.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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