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Meta Connect 2025: óculos inteligentes com IA assumem o centro do palco
Publicado 16/09/2025 • 10:17 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 16/09/2025 • 10:17 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Divulgação Meta
Meta aposta em óculos inteligentes Hypernova após bilhões em perdas com realidade virtual para ampliar presença de IA.
A Meta gastou bilhões de dólares sem sucesso tentando popularizar a realidade virtual entre os consumidores. Ao direcionar sua aposta no metaverso para os óculos inteligentes, os investidores estarão atentos para ver como o público reage.
A empresa de mídia social deve revelar na quarta-feira seus óculos inteligentes mais avançados até agora, durante seu evento anual Connect. Os óculos, codinome interno Hypernova, contam com um pequeno display que pode ser controlado por gestos manuais através de uma pulseira que utiliza tecnologia neural, informou a CNBC em agosto.
Um vídeo promocional do dispositivo teria aparecido na página do YouTube da Meta na segunda-feira, mas foi posteriormente removido.
O dispositivo, que deve custar US$ 800, é fruto da parceria da Meta com a EssilorLuxottica, que lançou os óculos inteligentes Ray-Ban Meta com IA em 2023 e os Oakley Meta HSTN em junho. Esses óculos possuem câmeras, alto-falantes e microfones, permitindo que os usuários comandem o assistente de voz Meta AI para tirar fotos, gravar vídeos ou reproduzir músicas.
Wall Street tem demonstrado preocupação com os gastos da Reality Labs, divisão da empresa responsável por desenvolver produtos de hardware para consumidores, como os óculos Ray-Ban Meta e os headsets de realidade virtual Quest. A Meta revelou em julho que a divisão registrou um prejuízo operacional de US$ 4,53 bilhões no segundo trimestre, somando quase US$ 70 bilhões em perdas desde o fim de 2020.
Os investidores entendem que os gastos da Reality Labs não darão retorno significativo por anos, mas também “querem ver progresso” que indique potenciais retornos sobre o investimento, disse Justin Post, analista de internet do Bank of America Securities. Por ora, os óculos inteligentes parecem um investimento mais sólido do que os headsets de realidade virtual, que ainda são de nicho e podem levar anos para se popularizar, afirmou.
“Definitivamente percebi a mudança de foco da empresa, dos headsets de realidade virtual para os óculos”, disse Post. “Neste momento, os óculos terão um impacto muito maior e mais voltado ao mercado de massa.”
A Meta preferiu não comentar. Com o Hypernova, a Meta está vendendo pela primeira vez óculos inteligentes com display para consumidores. Embora a tela deva ser pequena e limitada no que mostra aos usuários, o lançamento representa um meio-termo entre os Ray-Ban Meta e os experimentais óculos de realidade aumentada Orion, apresentados pela empresa no Connect do ano passado.
Os óculos de realidade aumentada Orion, funcionando em conjunto com um “puck” de computação sem fio, podem projetar visuais 3D no mundo físico com os quais as pessoas interagem usando uma pulseira. Mas, embora os óculos Orion consigam gerar imagens impressionantes, eles ainda são experimentais e caros de produzir, disse Anshel Sag, analista principal da Moor Insights & Strategy.
“Entregar algo como o Orion em escala levará tempo, por isso eles ainda são um protótipo”, disse Sag. “Acredito que uma única tela seja um passo na direção certa e ajudaria a construir um ecossistema de aplicativos.”
O Connect oferece à Meta a oportunidade de se apoiar no sucesso inesperado dos óculos Ray-Ban Meta, disse Leo Gebbie, analista e diretor da CCS Insight. A EssilorLuxottica informou em julho, em seu último relatório de resultados, que as vendas dos óculos inteligentes Ray-Ban Meta mais que triplicaram em relação ao ano anterior.
“Realmente parece uma chance de romper barreiras com uma nova categoria de produto”, disse Gebbie.
Os analistas também estarão atentos a sinais de que as recentes mudanças estratégicas da Meta relacionadas à inteligência artificial — iniciadas em junho, quando a empresa investiu US$ 14,3 bilhões na Scale AI — possam fortalecer seus esforços em hardware. Os óculos podem ser o formato de dispositivo ideal para recursos de IA, disse Post.
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“Se eles conseguirem acertar a integração com os dispositivos, pode realmente ser um portal melhor para a IA do que até mesmo os celulares”, disse ele.
Mas, embora a Meta tenha recursos financeiros e talento técnico para desenvolver seus óculos inteligentes, ela precisa cultivar um ecossistema de desenvolvedores que criem aplicativos e softwares atraentes para cativar os consumidores, disse Sag.
O risco para a Meta é que os consumidores rejeitem o Hypernova e, possivelmente, o mercado mais amplo de óculos inteligentes com display, disse Gebbie. Custando US$ 800, os óculos devem sair por mais do que o dobro do preço dos Ray-Ban Meta, que partem de US$ 299. Segundo a CNBC em agosto, a Meta já definiu expectativas internas baixas para as vendas do Hypernova, mas a empresa espera que o lançamento ao menos gere repercussão.
A ambição da Meta é que os óculos inteligentes se tornem a próxima grande plataforma de computação pessoal. Por enquanto, Apple e Google continuam no topo, com os sistemas operacionais móveis iOS e Android, respectivamente.
A Apple preferiu não comentar. O Google não respondeu a um pedido de comentário.
Não está claro se os óculos da Meta algum dia substituirão o papel dos smartphones para os consumidores, mas a ameaça é suficiente para que tanto a Apple quanto o Google estejam desenvolvendo produtos concorrentes. A Apple estaria trabalhando em seu próprio projeto de óculos, e o Google anunciou em maio uma parceria de US$ 150 milhões com a Warby Parker para construir óculos inteligentes.
“O fato de todos agora estarem desenvolvendo óculos sugere que o conceito da Reality Labs da Meta foi bem concebido, e que eles estão à frente neste momento nesse segmento”, disse Post. “A questão para a concorrência é: conseguirão aproveitar seus sistemas operacionais móveis para convencer as pessoas a comprar seus óculos?”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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