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Queda do desemprego é positiva, mas juros altos ainda freiam a economia

Publicado 16/09/2025 • 17:59 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho, menor nível desde 2012.
  • Em entrevista ao Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC, a economista, professora da FGV e conselheira do Corecon-SP, Carla Beni, afirmou que o resultado é motivo de comemoração, mas precisa ser interpretado em conjunto com outros indicadores.
  • Apesar da melhora no mercado de trabalho, Beni alertou que a inflação ainda merece atenção.

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho, o menor nível desde 2012. Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, a economista, professora da FGV e conselheira do Corecon-SP, Carla Beni, afirmou que o resultado é motivo de comemoração, mas precisa ser interpretado em conjunto com outros indicadores.

“Um dado importante é a questão da desocupação. Ela vem diminuindo e está no menor patamar desde 2012. Isso é um ganho para o país, mas é preciso olhar os demais números da economia, porque muitas vezes eles não caminham juntos. É uma combinação complexa e que precisa ser analisada de forma fracionada.”

Apesar da melhora no mercado de trabalho, Beni alertou que a inflação ainda merece atenção. “A sinalização de inflação tem se reduzido e pode terminar o ano um pouco acima de 4,5%, mas ainda assim em trajetória de queda. Por outro lado, nós temos a maior taxa de juros do mundo freando a economia, com impactos sobre o crédito e sobre o consumo. Então, a questão é: será que não poderia estar melhor ainda se não tivéssemos essa taxa tão elevada?”

Ao comentar sobre os possíveis cortes na Selic, a professora defendeu a redução dos juros como forma de aliviar pressões no sistema financeiro. “O nosso patamar de taxa real de juros é o mais alto do mundo e estamos convivendo com uma inadimplência gigantesca. Uma redução teria muito mais o efeito de aliviar esse processo do que provocar um aumento expressivo da inflação. Subir ou descer a Selic não tem efeito imediato, e nem é o mesmo remédio quando as causas da inflação são diferentes. Temos quatro causas possíveis, e cada uma exige uma resposta distinta.”

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Ela destacou também o papel do câmbio no comportamento dos preços. “O real está se apreciando, o dólar se depreciando, e isso ajuda a reduzir custos de produtos e insumos importados. O câmbio é um componente inflacionário importante e, neste momento, está jogando a favor do Brasil. Além disso, se o Federal Reserve realmente cortar os juros, como já se espera, teremos um ambiente ainda mais favorável, com entrada de capital estrangeiro em países emergentes e um espaço maior para que o Banco Central reduza a Selic. Também não estamos vendo alterações nos preços dos combustíveis, o que ajuda a compor um quadro de menor pressão inflacionária.”

Em relação às perspectivas para os próximos meses, a economista mostrou otimismo quanto à política monetária. “Eu ainda aposto em uma redução de 0,25 ponto percentual neste ano, encerrando 2023 em 14,75%. Isso daria uma sinalização positiva para o ano que vem, mostrando o início de uma trajetória de cortes de juros. Nós estamos há várias semanas com projeções de queda no IPCA e isso dá confiança para o Banco Central começar a mexer.”

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