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Brasil vira antagonista dos EUA na abertura da Assembleia-Geral da ONU
Publicado 22/09/2025 • 09:32 | Atualizado há 5 horas
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Publicado 22/09/2025 • 09:32 | Atualizado há 5 horas
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Ricardo Stuckert/PR
Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, embarca para a cidade de Nova York, nos Estados Unidos onde representará o Brasil na 80ª Assembleia Geral da ONU.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, se tornou o principal antagonista de Donald Trump no primeiro dia da abertura da Assembleia-Geral da ONU, que começa nesta segunda-feira (22) em Nova York.
É a primeira viagem oficial de Lula aos EUA desde a posse de Trump, em janeiro, que marcou o início da crise atual entre o Palácio do Planalto e a Casa Branca, uma das mais graves desde que os dois países estabeleceram relações diplomáticas, no século 19.
Os dois presidentes poderão se encontrar pela primeira vez nos corredores da ONU. Como de praxe, cabe ao Brasil fazer o discurso de abertura amanhã no plenário da Assembleia-Geral da ONU. Trump ocupará a tribuna logo em seguida. O governo brasileiro entende que os contrastes entre eles ficarão claros.
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Não há pedidos de reunião bilateral, que poderiam ser interpretados como humilhação ao Brasil. Os mais experientes ex-embaixadores brasileiros em Washington classificaram o atual momento como o pior em 200 anos de relações diplomáticas. Ameaças de novas punições ao Brasil em virtude do apoio de Trump ao ex-presidente Jair Bolsonaro tendem a piorar a crise.
Os diplomatas avaliam que Lula errou ao apoiar os democratas para sucessão de Joe Biden, divergem sobre a conveniência de um contato direto com Trump, como um telefonema, mas concordam que o republicano praticou uma ingerência na política brasileira. A Casa Branca insiste na tese de defesa da liberdade de expressão por parte de Trump, que vê uma caça às bruxas na condenação de Bolsonaro, com quem ele se comparou, e na suposta perseguição às big techs americanas.
O Planalto, no entanto, enxerga no tarifaço de 50% e na pressão por meio de sanções pessoais (com corte de vistos e cerco financeiro da Lei Magnistky) a ministros do governo e do Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente Alexandre de Moraes, uma tentativa de ingerência nas eleições de 2026. De visões antagônicas em questões importantes, dos conflitos geopolíticos à emergência climática, Lula e Trump se chocam em uma série de pontos.
Nos bastidores, há o temor de que autoridades brasileiras sejam alvo de novas sanções ou que o País sofra novas tarifas ou sanções secundárias em razão da compra do diesel e de fertilizantes russos. Antes da Assembleia-Geral, o Departamento de Estado dos EUA impôs restrições de locomoção no visto diplomático de representantes brasileiros.
Impedido de circular livremente em Nova York, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desistiu de viajar. Em carta, apontou obscurantismo e prejuízos ao Brasil. Integrantes da delegação brasileira de menor escalão também tiveram a movimentação restrita. O episódio não deve passar batido do discurso de Lula, que deve mencionar as restrições não só à comitiva do Brasil, mas também à delegação palestina.
Preparado há dias, a fala deve citar as prioridades da política externa brasileira. No Planalto, a ideia é mandar uma mensagem contundente e responder a Trump, ainda que Lula não deseje mencioná-lo.
A posição de enfrentamento recebeu elogios fora do País, na avaliação do governo, algo que o Planalto não quer deixar escapar. Lula pretende fazer uma defesa enfática da soberania nacional, frente aos ataques de Washington, da democracia e da independência das instituições.
Lula vai citar a crise do multilateralismo, a proliferação de guerras e a necessidade de reformar o Conselho de Segurança da ONU, fazendo referência à campanha do Brasil por um assento permanente. Ele também deve citar as prioridades da COP-30 e criticar quem põe em xeque as mudanças climáticas.
O presidente também deve qualificar como “genocídio” a atuação de Israel na Faixa de Gaza e manifestar publicamente o apoio do Brasil ao processo contra o governo israelense na Corte Internacional de Justiça (CIJ), aproveitando a onda favorável aos palestinos patrocinada pelo governo da França.
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