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OMS: não existe vínculo comprovado entre paracetamol, vacinas e autismo

Publicado 23/09/2025 • 09:59 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • OMS desmente vínculo entre vacinas e autismo após fala de Trump. .
  • Desinformação ameaça décadas de avanços na imunização, diz Kate O’Brien.
  • Queda nas taxas de vacinação já provoca aumento de casos de sarampo.
Vacina

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta terça-feira (23) que não existe comprovação científica de que o paracetamol ou as vacinas provoquem autismo. A declaração foi feita após comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugerindo uma ligação (falsa) entre os medicamentos e a condição.

O porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, destacou que, embora alguns estudos observacionais tenham sugerido possíveis associações entre o autismo e o uso de paracetamol, a maioria das evidências não confirma essa relação. Ele reforçou ainda que “as vacinas não causam autismo”.

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Desinformação e ameaça global

A diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Biológicos da OMS, Kate O’Brien, ressaltou que o maior desafio hoje é o combate à desinformação. Para ela, a propagação de informações falsas ameaça diretamente a confiança nas vacinas, que já salvaram mais de 150 milhões de vidas nos últimos 50 anos.

“Estamos em um ponto crítico. As vacinas são uma das ferramentas mais eficazes e econômicas em saúde pública, mas seu impacto futuro está cada vez mais ameaçado por outro tipo de contágio: a desinformação”, afirmou.

Segundo O’Brien, narrativas antivacina utilizam teorias conspiratórias, dados distorcidos e analogias enganosas para gerar medo e confusão entre pais e comunidades. O resultado tem sido a queda das taxas de imunização em alguns países, o que já provocou o aumento de casos e mortes por doenças como o sarampo – inclusive em nações ricas como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

Consequências

Em 2024, cerca de 14,5 milhões de bebês em todo o mundo não receberam sequer a primeira dose das vacinas básicas, segundo estimativas conjuntas da OMS e do Unicef. Esses “zero-dose children” estão concentrados em regiões vulneráveis, onde o acesso à saúde é limitado e a desinformação amplia os riscos.

“A consequência da desinformação não é hipotética, ela é real e trágica”, alertou O’Brien.

Rigor científico e transparência

Para enfrentar a crise de confiança, a OMS aposta no trabalho do Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas (SAGE), responsável por revisar evidências sobre eficácia, segurança e custo-benefício das vacinas. As recomendações do grupo orientam políticas nacionais e reforçam a credibilidade da ciência diante do ceticismo crescente.

“Nosso papel coletivo é claro: proteger as decisões baseadas em evidências com a mesma firmeza com que protegemos vidas. Restaurar a confiança é tão essencial quanto desenvolver novas vacinas”, concluiu O’Brien.

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