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Plano de Negócios Rodrigo Loureiro

EXCLUSIVO: Fast Shop vai fechar 11 lojas e ao menos um centro de distribuição

Publicado 24/09/2025 • 12:25 | Atualizado há 2 meses

Foto de Rodrigo Loureiro

Rodrigo Loureiro

Rodrigo Loureiro é jornalista especializado em economia e negócios, com experiência nos principais veículos do Brasil e MBA pela FIA em parceria com a B3. Além de comandar esta coluna, é comentarista nos programas Agora e Real Time, nos quais analisa as principais movimentações do mercado.

Duas semanas após contratar um novo CEO para comandar uma reestruturação, a Fast Shop está pronta para enxugar a sua operação. 

Em comunicado interno, obtido com exclusividade por essa coluna, a empresa informou aos funcionários na noite de terça-feira (23) que irá encerrar a operação de 11 lojas, além de um centro de distribuição.

O encerramento das atividades, que inclui as lojas próprias e filiais, será feito em três datas diferentes. 

No dia 8 de outubro, a companhia vai baixar as portas das lojas A2You Barigui, Aricanduva, Boulevard Tatuapé e Interlagos.

A próxima leva de fechamentos acontecerá quatro dias depois, no dia 12 de outubro, e vai impactar as operações das lojas Iguatemi Salvador, M1 Itaquera, M1 SP Market, SP Market e Rio Mar Fortaleza. O centro de distribuição de Fortaleza também será fechado.

Por fim, a companhia prevê o encerramento das atividades das lojas Barra Salvador e M1 Litoral no dia 31 de outubro.

Dados do site da Fast Shop informam que a empresa tem 80 lojas físicas em operação no Brasil - número que pode incluir as lojas sob a bandeira M1. Há ainda 5 lojas da marca A2You, voltadas para produtos da Apple.

No comunicado interno divulgado ontem, a companhia afirmou que a decisão teve como “objetivo buscar maior rentabilidade e eficiência”. A empresa também informou que o canal de lojas físicas ‘continua sendo de extrema importância” para o negócio. 

Procurada pela reportagem, a Fast Shop inicialmente afirmou que não iria se manifestar sobre o assunto. Em nota enviada após a publicação deste texto, a empresa informou que "está está sempre em busca de melhorias contínuas de forma a ampliar a eficiência operacional da companhia".

A varejista também afirmou que "reavalia constantemente a sua estrutura e operação - inclusive lojas de físicas com a priorização de pontos de venda que estejam alinhados a sua estratégia" e que "essa postura diligente é o que tem garantido a sustentabilidade e o desenvolvimento da Fast Shop ao longo de seus quase 40 anos de história na sua missão de encantar os clientes que compram pelas suas lojas físicas e ecommerce".

A companhia não respondeu se os funcionários das unidades que terão suas operações encerradas serão demitidos ou realocados em outras unidades.

Esse é o primeiro movimento mais agressivo da companhia após a chegada de Rodrigo Ogawa. O executivo, que foi contratado para assumir o cargo de CEO interino, deverá atuar como um gestor de crises para a companhia em um momento crucial para o negócio.

Às vésperas da Black Friday, uma das datas mais importantes para o varejo, a Fast Shop viu seguradoras internacionais de fornecedoras de telefonia reduzirem as linhas de crédito para a empresa.

Envolvida em uma investigação do Ministério Público do Estado de São Paulo que apura o uso indevido de créditos de ICMS, com pagamentos via empresa de fachada e propinas a auditores fiscais, a Fast Shop precisou fazer mudanças buscas em seu comando.

Mário Otávio Gomes, diretor estatuário da companhia, foi implicado e confessou participação no esquema. 

Nos últimos dias, a Fast Shop informou ao mercado que os diretores da Fast Shop fecharam um acordo como Ministério Público para o pagamento de R$ 100 milhões em multas.

*Reportagem atualizada às 10h09 do dia 25/09/2025 para incluir o posicionamento da Fast Shop enviado após a publicação.

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