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Brasil registra déficit de US$ 4,7 bilhões nas contas externas em agosto

Publicado 26/09/2025 • 15:32 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • No acumulado de 2025, saldo negativo é de US$ 46,8 bilhões, o maior desde 2015.
  • Balança comercial teve superávit de US$ 5,5 bilhões, mesmo com tarifaço dos EUA.
  • Investimento direto no país somou US$ 8 bilhões em agosto, próximo ao de 2024.
moeda brasileira (real).

Unsplash.

Déficit acumulado em 2025 é o maior em oito anos, chegando a US$ 46,8 bilhões.

As contas externas brasileiras fecharam agosto com déficit de US$ 4,7 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC). Apesar do saldo negativo, o número representa melhora frente ao déficit de US$ 7,2 bilhões registrado no mesmo mês de 2024.

No acumulado de 12 meses até agosto, o rombo chegou a US$ 76,2 bilhões, equivalente a 3,51% do Produto Interno Bruto (PIB). Em julho, estava em US$ 78,7 bilhões (3,66% do PIB). Um ano antes, em agosto de 2024, o déficit era de US$ 43,6 bilhões (1,95% do PIB).

No ano, o saldo negativo soma US$ 46,8 bilhões, o maior para o período de oito meses desde 2015, quando chegou a US$ 51,6 bilhões.

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Investimentos diretos somam US$ 8 bilhões em agosto; reservas sobem a US$ 350 bilhões.

O que são as contas externas

As contas externas medem a relação financeira entre Brasil e o restante do mundo. O cálculo considera quatro frentes principais:

  • Balança comercial: diferença entre exportações e importações;
  • Balança de serviços: despesas com transporte, viagens, seguros, telecomunicações e propriedade intelectual;
  • Renda primária: pagamentos de salários, juros, lucros e dividendos;
  • Renda secundária: transferências pessoais.

Quando o resultado é negativo, significa que o país envia mais recursos ao exterior do que recebe, o que pode gerar pressão sobre o câmbio e aumentar a necessidade de endividamento externo.

Balança comercial cresce mesmo com tarifaço

A balança comercial foi o principal destaque positivo em agosto, com superávit de US$ 5,5 bilhões. O número reflete aumento de 3,8% nas exportações, que somaram US$ 30 bilhões, e queda de 2,6% nas importações, que recuaram a US$ 24,5 bilhões. Em agosto de 2024, o saldo havia sido de US$ 3,7 bilhões.

O mês marcou ainda o início do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, que aplicaram tarifas de até 50% a parte dos produtos brasileiros. Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, a alta das exportações mesmo nesse cenário está ligada à busca por novos mercados, como China e Argentina.

Imagem criada por IA.
Tarifaço dos EUA não impediu superávit de US$ 5,5 bi na balança comercial.

Serviços e renda primária pesam no déficit

Na balança de serviços, o déficit foi de US$ 4,2 bilhões em agosto, 20,3% menor que no mesmo mês de 2024.

Já a conta de renda primária registrou saldo negativo de US$ 6,3 bilhões, alta de 6,4% na comparação anual. Em contrapartida, a renda secundária ficou positiva em US$ 397 milhões.

Déficit maior no acumulado do ano

De janeiro a agosto, o déficit em transações correntes passou de US$ 36,7 bilhões em 2024 para US$ 46,8 bilhões em 2025. Rocha explicou que a deterioração se deve quase integralmente à queda do superávit comercial, que caiu de US$ 48 bilhões para US$ 37,5 bilhões no período.

Segundo ele, o comportamento está relacionado à estabilidade das exportações, que avançaram apenas 0,3%, frente a um crescimento de 6,1% nas importações.

Investimento estrangeiro segue estável

O Brasil recebeu US$ 8 bilhões em investimentos diretos no país (IDP) em agosto, valor próximo ao do mesmo mês de 2024. No acumulado de 12 meses, o montante chega a US$ 69 bilhões, o equivalente a 3,18% do PIB.

Reservas internacionais em alta

As reservas internacionais somaram US$ 350,8 bilhões em agosto, aumento de US$ 5,7 bilhões em relação a julho. Esse é o maior nível desde novembro de 2024, quando chegaram a US$ 363 bilhões.

De acordo com o BC, as reservas funcionam como um “colchão de segurança” para proteger o país de choques externos, como saída repentina de capitais ou queda no ingresso de dólares.

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