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Por que a aprovação do IR e os boatos sobre subsídio derrubaram a Bolsa; veja análise

Publicado 02/10/2025 • 21:39 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • A queda de mais de 1% da Bolsa nesta quinta-feira (2) refletiu menos o cenário internacional e mais a leitura dos investidores sobre a política doméstica.
  • Dois movimentos foram decisivos: a aprovação unânime da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda e a circulação de boatos sobre um possível subsídio ao transporte coletivo.
  • Enquanto isso, nos Estados Unidos, o shutdown do governo federal não assustou os investidores. Ao contrário, foi interpretado como sinal de fraqueza econômica que pode acelerar cortes de juros pelo Federal Reserve.

A queda de mais de 1% da Bolsa nesta quinta-feira (2) refletiu menos o cenário internacional e mais a leitura dos investidores sobre a política doméstica. Dois movimentos foram decisivos: a aprovação unânime da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda e a circulação de boatos sobre um possível subsídio ao transporte coletivo.

O peso da unanimidade

A isenção para rendas de até R$ 5 mil já era esperada. Mas, como observou Gabriel Brondi, sócio da The Link Investimentos, o impacto veio da forma como o projeto passou:

“A aprovação já era esperada, mas a unanimidade mostrou força política. Quando surgiram notícias sobre um possível subsídio às tarifas de ônibus, o mercado entendeu que outras medidas com impacto fiscal podem passar com facilidade.”

Para investidores, a leitura é de que o governo tem base suficiente para aprovar medidas de apelo popular, mesmo que impliquem aumento de despesas.

O efeito do boato

A fagulha para a queda veio com a notícia de que o governo estudaria isentar tarifas de ônibus. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desmentiu a hipótese imediata, classificando-a como estudo de longo prazo. Ainda assim, o estrago já estava feito.

Vinícius Torres Freire, analista do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, destacou:

“O ministro Haddad foi categórico: há um estudo, mas extremamente complexo, que pode levar anos. Na prática, tem mais cara de promessa de campanha do que de medida imediata.”

No entanto, como lembrou Brondi, para o mercado o simples rumor basta:

“O mercado precifica tudo minuto a minuto. Se houve um pedido de estudo, mesmo que seja para daqui a anos, a reação é negativa da mesma forma.”

O contraste com o exterior

Enquanto isso, nos Estados Unidos, o shutdown do governo federal não assustou os investidores. Ao contrário, foi interpretado como sinal de fraqueza econômica que pode acelerar cortes de juros pelo Federal Reserve.

“O mercado quer uma economia americana mais fraca, para que o Fed tenha espaço de cortar os juros. Por isso, o shutdown não assusta. Pelo contrário, pode até agradar os investidores”, afirmou Brondi.

O contraste evidencia que, no Brasil, o mercado foi guiado por questões internas e fiscais, e não por choques externos.

A lição do pregão

O que derrubou a Bolsa foi a percepção de que, após mostrar força política na aprovação do IR, o governo pode abrir espaço para medidas populistas de impacto fiscal. Mesmo que desmentidas, só a menção de novas iniciativas é suficiente para gerar realização imediata.

“A reação do mercado é sempre imediata. Amanhã pode até voltar a subir. Mas hoje a Bolsa caiu porque a leitura foi: se o governo quiser avançar em medidas populistas, terá condições para isso”, resumiu Brondi.

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