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Berkshire Hathaway vota pela separação dos cargos de chairman e CEO; saiba o que isso significa

Publicado 04/10/2025 • 07:30 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • A Berkshire Hathaway anunciou a separação formal dos cargos de chairman e diretor executivo, um movimento há muito esperado e que consolida a sucessão de Warren Buffett.
  • Buffett, que comanda a Berkshire desde 1965, permanecerá como chairman do conselho, enquanto Abel, atualmente vice-presidente para operações não-seguros, assumirá como CEO em 1º de janeiro de 2026.
  • “Na prática, o chairman preside o colegiado, o Board of Directors, ao qual a diretoria executiva se reporta, inclusive o CEO”, afirma o conselheiro de administração Luiz Marcatti.
Warren Buffett discursa durante a Reunião Anual de Acionistas da Berkshire Hathaway em Omaha, Nebraska, em 3 de maio de 2025.

Warren Buffett discursa durante a Reunião Anual de Acionistas da Berkshire Hathaway em Omaha, Nebraska, em 3 de maio de 2025.

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A Berkshire Hathaway anunciou a separação formal dos cargos de chairman e CEO, o diretor executivo, um movimento há muito esperado e que consolida a sucessão de Warren Buffett. A mudança, aprovada pelo conselho em 30 de setembro, entra em vigor imediatamente e abre caminho para que Greg Abel assuma o posto de CEO em 1º de janeiro de 2026, enquanto Buffett permanece como chairman do conselho.

Em um documento regulatório, o conglomerado sediado em Omaha informou que a decisão altera seus estatutos para distinguir oficialmente as duas funções de liderança. Buffett, que comanda a Berkshire desde 1965, havia antecipado o movimento durante a reunião anual de acionistas em maio, surpreendendo parte do mercado. Pouco depois, o conselho aprovou por unanimidade a nomeação de Abel como sucessor.

Mesmo aos 95 anos, Buffett segue ativo na operação do grupo. Na última semana, a Berkshire anunciou a compra da OxyChem, braço químico da Occidental Petroleum, em uma transação de US$ 9,7 bilhões — o maior negócio da companhia em três anos.

Greg Abel, de 63 anos, é considerado o herdeiro natural de Buffett desde que o vice-presidente Charlie Munger, falecido em 2023, o apontou publicamente como sucessor. Ele entrou na órbita da Berkshire em 1999, quando a empresa adquiriu a MidAmerican Energy, da qual viria a se tornar CEO. Desde 2018, atua como vice-presidente de operações não relacionadas a seguros, supervisionando áreas como energia, ferrovias, manufatura e varejo.

Para entender o impacto da decisão, o Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC ouviu Luiz Marcatti, presidente da Mesa Corporate Governance e conselheiro de administração.

“O chairman é o presidente do conselho de administração, enquanto o CEO é o presidente executivo da companhia”, explica Marcatti. “Nos Estados Unidos é comum um profissional acumular esses dois papéis, principalmente em empresas de capital aberto — as chamadas corporations — que têm o capital bem diluído na Bolsa de Nova York.”

Segundo ele, a separação formal das funções representa um avanço em termos de governança corporativa.

“Na prática, o chairman preside o colegiado, o Board of Directors, ao qual a diretoria executiva se reporta, inclusive o CEO”, afirma. “Essa separação permitirá melhores práticas nos processos de monitoramento da performance, dando mais autonomia e independência ao conselho para exercer seu papel de supervisão.”

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Marcatti destaca que o modelo já é adotado no Novo Mercado da B3, segmento que reúne companhias comprometidas com as mais altas práticas de governança.

“No Brasil, há anos essas funções precisam ser exercidas por pessoas diferentes”, lembra.

Para o especialista, a medida reforça tanto o funcionamento interno da companhia quanto sua imagem perante investidores e o mercado.

“Internamente, há uma melhor distribuição de papéis e responsabilidades no comando da companhia e de suas operações, o que traz equilíbrio nas decisões e no controle sobre performance e riscos”, avalia Marcatti.
“Externamente, passa ao mercado a imagem de uma governança corporativa mais alinhada aos pilares de transparência, accountability e equidade.”

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