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EXCLUSIVO: COP30 será marco na integração entre governo, setor privado e sociedade, diz diretora da World Climate Foundation

Publicado 06/10/2025 • 23:10 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • Flora Bittencourt, diretora da World Climate Foundation, afirmou que o evento em Belém será um marco na integração entre governo, setor privado e sociedade civil, com foco em soluções práticas e investimentos sustentáveis.
  • A WCF levará mais de 80 empresas à conferência e apoiará a tradução dos seis eixos do Acordo de Paris em 30 metas de ação, reforçando a colaboração público-privada na transição verde.
  • A conferência deve lançar o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFF), com aporte inicial de US$ 1 bilhão, e consolidar o país como referência na economia de baixo carbono e conservação da Amazônia.

A diretora executiva da World Climate Foundation (WCF) no Brasil, Flora Bittencourt, afirmou nesta segunda-feira (6) que a COP30, marcada para novembro em Belém (PA), representa um marco na integração entre governo, setor privado e sociedade civil na agenda global de clima.

Em entrevista ao Times Brasil | Licenciado Exclusivo CNBC, Bittencourt destacou que a presidência brasileira da conferência tem classificado o evento como a “COP da implementação”, chamando o setor privado a participar ativamente da construção de soluções concretas. “As negociações da cúpula de clima da ONU são governamentais, mas quando a gente fala de uma economia real, da economia da implementação, a gente precisa das empresas e das indústrias realmente engajadas”, afirmou.

A World Climate Foundation é uma organização global com sede na Dinamarca, que há 16 anos atua na condução de coalizões multissetoriais voltadas a investimentos climáticos e sustentáveis. No Brasil, a fundação mantém escritório desde 2023, com o objetivo de aproximar a América Latina da agenda internacional de descarbonização e transição verde.

Engajamento empresarial e estrutura da COP30

Na análise de Bittencourt, o envolvimento do setor privado tem crescido e deve atingir novo patamar em Belém. Ela afirmou que a World Climate Foundation levará mais de 80 empresas à conferência, em parceria com organizações internacionais como o Climate Champions Team, responsável pela agenda de ação da COP, estruturada em seis eixos temáticos baseados no Acordo de Paris. Esses eixos, segundo a diretora, serão traduzidos em 30 objetivos práticos para orientar a participação do setor privado. A fundação também mantém parceria com a Sustainable Business COP (SB COP), iniciativa que mobiliza milhares de empresas globalmente em torno das metas de descarbonização.

Iniciativas e fundo para florestas tropicais

Entre as ações previstas para a COP30, Bittencourt destacou o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFF), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. Ela explicou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um investimento de US$ 1 bilhão no fundo durante a Semana do Clima de Nova York. De acordo com a executiva, o TFF funcionará como um mecanismo inovador de financiamento para conservação e preservação de florestas tropicais em países do Sul Global. “Estamos apostando muito que, com isso, a gente vai conseguir mais recursos de diversos países”, disse.

Participação da Amazônia e da sociedade civil

Bittencourt afirmou ainda que a COP30 será marcada pela presença de comunidades amazônicas e povos indígenas. Ela destacou que o Ministério dos Povos Indígenas prepara uma delegação de 3 mil representantes e que ações de formação foram realizadas em aldeias de todo o país.

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Segundo a diretora, essa abordagem reforça o caráter participativo da conferência. “A gente está falando de uma COP na Amazônia. Os povos da Amazônia e a sociedade civil da Amazônia também têm participação, com muito engajamento”, afirmou.

Desafios logísticos e histórico de eventos climáticos

Questionada sobre os desafios de infraestrutura em Belém, Bittencourt avaliou que essas dificuldades não são exclusivas do Brasil. Ela comparou o caso à COP de Glasgow, em 2021, lembrando que o evento também enfrentou limitações de hospedagem e transporte. “São desafios que existem em todas as COPs”, disse. A executiva afirmou que há uma força-tarefa entre os organizadores e governos locais para viabilizar soluções e garantir a participação de delegações e investidores.

Coalizões setoriais e cooperação público-privada

Na análise da diretora, o sucesso da COP30 depende da colaboração entre setores. A WCF trabalha com coalizões temáticas voltadas à transição energética, minerais críticos, inovação tecnológica e saúde climática. Essas iniciativas buscam promover o diálogo entre governo, empresas e sociedade civil para identificar barreiras regulatórias e propor políticas que viabilizem investimentos de baixo carbono. “Não tem caminho que não seja através de colaboração, alianças e cooperação radical”, disse.

Bittencourt explicou que as discussões também envolvem a necessidade de equilibrar eficiência empresarial e metas climáticas. “O governo precisa entender qual é a necessidade do setor privado para fazer uma mudança conectada com o negócio”, afirmou.

Brasil e o novo protagonismo climático

A executiva avaliou que o Brasil tem potencial para se consolidar como referência global na transição para uma economia de baixo carbono, em razão da matriz energética mais limpa do mundo e da abundância de recursos naturais estratégicos. Durante a conferência, a WCF organizará em Belém a 16ª edição do World Climate Summit e da Investment COP, eventos voltados a empresas e investidores, com previsão de 2 mil participantes.

Para Bittencourt, o evento simboliza um avanço na forma como o país se posiciona na agenda internacional. “A presidência da COP30 dura todo o ano que vem até a COP31. O plano de ação e o fundo de florestas tropicais são legados concretos dessa construção”, concluiu.

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