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Governo cria comitê de enfrentamento da crise do metanol

Publicado 07/10/2025 • 12:51 | Atualizado há 5 dias

KEY POINTS

  • O governo federal criará um comitê em parceria com a sociedade civil para enfrentar a crise das bebidas contaminadas por metanol, combinando ações repressivas contra adulteradores e medidas protetivas para o setor legal de bebidas.
  • Dezenas de estabelecimentos e distribuidoras já foram notificados e fiscalizados, com trabalho de inteligência em andamento para identificar padrões e fornecedores ilegais, enquanto associações do setor colaboram na investigação.
  • O metanol é altamente tóxico e pode causar cegueira e morte; autoridades alertam para buscar atendimento médico imediato ao identificar sintomas e contatar órgãos especializados, como a Anvisa e centros de controle de intoxicações.

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O governo federal instituirá um comitê, em parceria com a sociedade civil, para enfrentar os problemas das bebidas contaminadas por metanol. A ideia é planejar tanto ações repressivas, contra aqueles que atuaram na adulteração das bebidas, quanto protetivas para o setor de bebidas, que, segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, é de grande importância para a economia brasileira.

O anúncio dessas medidas foi feito pelo ministro após reunir-se com outras autoridades e com representantes do setor de bebidas no ministério.

“Tivemos uma discussão bastante frutífera e chegamos à conclusão de que seria importante montar um comitê de enfrentamento da crise do metanol”, disse Lewandowski.

Segundo ele, este será um comitê informal para troca de informações sobre boas práticas e anúncio das providências tomadas, tanto pelo setor público quanto pelo privado, visando a uma solução rápida para o problema.

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“Em um país continental como o nosso, com 210 milhões de habitantes e realidades tão distintas do ponto de vista regional, o governo precisa conjugar-se com a iniciativa privada e a sociedade civil para darmos conta dos problemas que enfrentamos”, argumentou.

Crise

Na avaliação do ministro, o problema das bebidas contaminadas pode ser entendido também como uma crise econômica, uma vez que se trata de um setor reconhecido por sua importância para a economia brasileira.

“É um setor que gera empregos, paga impostos e é responsável pelo desenvolvimento. Por isso, nossa preocupação é separar com bastante clareza aqueles que trabalham dentro da lei, atuando para fazer com que a economia brasileira avance, sem prejuízo de uma ação repressiva”, disse o ministro.

“Temos também uma ação repressiva importante, tanto do ponto de vista administrativo — como advertências ou sanções pecuniárias — chegando ao extremo do fechamento dos estabelecimentos”, complementou.

Separar o joio do trigo

Por isso, acrescentou Lewandowski, há grande preocupação em não paralisar este que, segundo ele, é um setor importante da economia nacional.

“Precisamos separar o joio do trigo. Vamos atacar aqueles comerciantes que estão adulterando as bebidas de forma intencional e vamos preservar aqueles que estão atuando dentro da legalidade, assim como os setores da indústria que estão cumprindo com seus deveres.”

A reunião contou com a participação de dirigentes da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP) e da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF).

Fiscalização

Segundo o secretário nacional do Consumidor, Paulo Pereira, dezenas de estabelecimentos já foram notificados e estão sob análise.

Essas notificações impõem aos estabelecimentos a apresentação de todas as informações sobre aquisição de bebidas e sobre as bebidas ingeridas pelos possíveis pacientes vítimas de intoxicação, além de dados dos compradores e do sistema de fornecimento.

“Até a data de hoje, tínhamos 15 estabelecimentos identificados e notificados. Hoje, temos mais uma leva de identificações: por volta de mais 15 estabelecimentos, além de cerca de 25 distribuidoras, associações e entidades do setor que também foram notificadas para prestar informações”, disse o secretário.

Inteligência

Pereira acrescentou que vários estabelecimentos foram fechados pelas fiscalizações locais. “O trabalho agora é de inteligência”, afirmou.

Segundo ele, com a chegada dessas informações será possível identificar padrões e fornecedores potencialmente criminosos.

“Ninguém melhor que os distribuidores e as associações de bebidas para nos ajudar a identificar as tipologias desses fornecedores — quais são os legalizados e quais são os ilegais”, completou.

Pereira disse manter contato com diversos centros de pesquisa do país na busca por soluções, o que inclui a validação de testes rápidos. “A ideia é ver como a sociedade pode se organizar para criar mecanismos que garantam a qualidade da bebida”, explicou.

Organizações criminosas

Perguntado sobre o possível envolvimento de organizações criminosas no caso, Lewandowski disse que todas as hipóteses estão sendo investigadas, mas que, como tudo ainda está no início, seria temerário avançar em qualquer conclusão.

Essas suspeitas ganharam força após caminhões de combustíveis terem sido encontrados abandonados em algumas localidades.

Segundo o ministro, as linhas de investigação podem variar até mesmo em função da origem do metanol — se vegetal ou fóssil.

Emergência médica

A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade. A substância, quando ingerida, é metabolizada no organismo em produtos tóxicos (como formaldeído e ácido fórmico), que podem levar à morte.

Os principais sintomas da intoxicação são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à cegueira) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese).

Em caso de identificação dos sintomas, é essencial buscar imediatamente atendimento médico e contatar uma das seguintes instituições:

  • Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001
  • CIATox da sua cidade para orientação especializada (veja lista aqui)
  • Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 – de qualquer lugar do país

É importante orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado. A demora no atendimento aumenta a probabilidade de óbitos.

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