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Exportação de carne bovina do Brasil bate novo recorde em setembro, apesar de tarifaço
Publicado 08/10/2025 • 08:07 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 08/10/2025 • 08:07 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Peças de carne
AEN
As exportações de carne bovina do Brasil bateram novo recorde em setembro, mesmo após as tarifas impostas pelos Estados Unidos.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou 347, mil toneladas de carne in natura e processada no mês — o maior volume já registrado em um único mês da série histórica.
O resultado representa um aumento de 25,1% em relação a setembro de 2024 e supera a marca anterior, registrada em julho deste ano, quando as exportações haviam atingido 276,9 mil toneladas.
Em volume de dinheiro, essas 347 mil toneladas de carne representaram a entrada de US$ 1,89 bilhão, uma cifra 52% maior que o exportado em setembro do ano passado. Na comparação com o mês de agosto deste ano, a alta, em dólares, foi de 18%.
A maior parte dos embarques do mês foi composta por carne in natura, que representou 89,37% do total exportado (314 mil toneladas). Também foram embarcadas 20,8 mil toneladas de miúdos (5,9%), 9,2 mil toneladas de produtos industrializados (2,6%), 4,3 mil toneladas de gordura (1,2%), 3 mil toneladas de tripas (0,9%) e 67 toneladas de carnes salgadas.
Mesmo com o chamado “tarifaço” dos Estados Unidos, o setor manteve o ritmo de embarques.
Em agosto, o governo norte-americano elevou a tarifa total sobre a carne bovina brasileira para 76,4%, somando uma sobretaxa de 50% às alíquotas já existentes de 26,4%.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o impacto foi compensado pela diversificação dos destinos e pela ampliação das vendas para outros mercados, como China e México.
Em entrevista recente, o presidente da Abiec, Roberto Perosa, afirmou que os embarques aos EUA devem cair para cerca de 7 mil toneladas mensais, mas o setor mantém o equilíbrio ao direcionar parte da produção a novos compradores.
“O mercado internacional está se reorganizando, e o Brasil se beneficia da competitividade e da oferta constante”, disse.
A China continua sendo o principal comprador da carne bovina brasileira, representando mais da metade dos embarques totais em volume.
Com o aumento das compras em setembro, os frigoríficos nacionais ampliaram o envio de cortes premium, especialmente diante da reabertura de restaurantes e retomada do consumo urbano no país asiático.
A Abiec aponta ainda que o México se consolidou como novo mercado relevante após acordos sanitários firmados em 2024.
Outros destinos, como Chile, Emirados Árabes e Egito, também aumentaram as importações no mês.
No mês, a China permaneceu como principal destino, com 190,5 mil toneladas (US$ 1,06 bilhão), o equivalente a mais da metade do total exportado. Em seguida, destacam-se a União Europeia (15,4 mil t; US$ 132,7 milhões), México (13,2 mil t; US$ 73,4 milhões), Estados Unidos (9,9 mil t; US$ 72,3 milhões) e Filipinas (12,7 mil t; US$ 58,7 milhões).
Famoso produtor mundial de carnes e cortes nobres, a vizinha Argentina aproveita a moeda valorizada e o tarifaço sobre o Brasil para exportar a própria produção aos Estados Unidos e importar a carne brasileira.
Em setembro o total exportado pelo Brasil ao país vizinho foi de 2,42 mil toneladas, maior volume da história dessa transação, que representou um aumento de 113% na comparação com o mês de agosto.
A demanda mundial por carne segue aquecida, impulsionada por baixa oferta de gado nos Estados Unidos e pela recuperação do consumo em países asiáticos.
Segundo especialistas do setor, a conjuntura reforça o papel do Brasil como principal fornecedor global de carne bovina, posição que o país mantém há mais de uma década.
A competitividade brasileira se apoia em custos de produção mais baixos, abundância de pastagens e capacidade de adaptação às exigências sanitárias e ambientais dos países importadores.
De acordo com projeções da Abiec, o país deve fechar 2025 com exportações próximas de 3 milhões de toneladas, consolidando novo recorde anual.
O volume acumulado nos nove primeiros meses do ano já ultrapassa 2,3 milhões de toneladas.
O desempenho reforça o peso do agronegócio brasileiro na balança comercial.
Apenas em setembro, as vendas externas de carne bovina renderam US$ 1,8 bilhão, segundo a Secex.
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