Da IA ao mercado de automóveis: cinco pontos que movimentam os mercados hoje

A newsletter Morning Squawk, da CNBC, aponta hoje cinco destaques para investidores começarem o dia: parcerias de tecnologia, resultados financeiros positivos, movimentações políticas internacionais, alta em mineradoras estratégicas e recorde no preço médio de carros nos EUA. Entenda o panorama essencial do que movimenta os mercados hoje.

1. O impulso da Broadcom

A OpenAI oficializou sua mais recente parceria de inteligência artificial ontem, anunciando um acordo de chips personalizados com a Broadcom. As ações da fabricante de chips fecharam a sessão de segunda-feira com alta de quase 10% após a notícia da parceria, embora o papel tenha recuado 3% no pré-mercado esta manhã. O que você precisa saber:

As empresas — que trabalham juntas há 18 meses — estão construindo e implantando 10 gigawatts de aceleradores de IA personalizados como parte do acordo.

Embora os termos financeiros do acordo não tenham sido divulgados, analistas sugeriram rapidamente que a OpenAI era o cliente não identificado de US$ 10 bilhões que a Broadcom alardeou em setembro. Mas Charlie Kawwas, presidente do grupo de soluções de semicondutores da Broadcom, disse à CNBC que o cliente misterioso é uma empresa diferente.

Com o acordo, a OpenAI está se aventurando no negócio de fabricação de chips e se posicionando cada vez mais como uma concorrente das hyperscalers, reporta MacKenzie Sigalos, da CNBC.

Outras ações de chips, incluindo Nvidia, Taiwan Semiconductor, On Semiconductor e Micron Technology, também registraram upside na sessão de ontem.

As ações de tecnologia lideraram a recuperação do mercado para começar a semana, com o S&P 500 recuperando mais da metade do que perdeu no sell-off de sexta-feira. O co-fundador da Oaktree Capital Management, Howard Marks, disse que ainda não está descrevendo o negócio de IA como uma “bolha”. “As avaliações estão… altas, mas não loucas”, disse ele à CNBC.

2. Caixa de banco

Grandes instituições financeiras deram o pontapé inicial na nova temporada de resultados com uma nota positiva esta manhã.

O JPMorgan Chase superou as expectativas para o terceiro trimestre e reportou uma receita recorde de trading de quase US$ 9 bilhões no período. O Goldman Sachs reportou resultados melhores do que o esperado, um dia após anunciar que adquiriria a firma de venture capital Industry Ventures.

BlackRock e Wells Fargo também superaram as expectativas dos analistas, enquanto o Citi registrou receita mais forte do que Wall Street projetou. Não perca o CEO da BlackRock, Larry Fink, no “Squawk on the Street” da CNBC às 9:30 (horário de Nova York).

3. Acordo de paz

O presidente Donald Trump viajou para Israel e Egito ontem para finalizar um acordo de paz que, segundo ele, encerrou a guerra em Gaza. Trump chegou primeiro a Tel Aviv para marcar a libertação de reféns israelenses feitos pelo Hamas durante sua invasão de Israel em 2023, dizendo em um discurso no parlamento israelense que o “longo e doloroso pesadelo” havia acabado tanto para israelenses quanto para palestinos.

Especialistas disseram a Lori Ann LaRocco, da CNBC, que, apesar do cessar-fogo, as transportadoras marítimas provavelmente não retornarão ao Mar Vermelho em um futuro próximo. Os rebeldes Houthi, que lançaram ataques contra navios comerciais no corpo d’água, disseram que não vão parar de alvejar as rotas marítimas.

4. A disputa por terras raras

As ações das mineradoras de terras raras dos EUA continuam em rali antes da abertura do mercado esta manhã. Os papéis registraram ganhos sólidos na sessão de segunda-feira, depois que o aperto da China nos controles de exportação levou Trump a reacender a disputa comercial EUA-China.

Como reporta Spencer Kimball, da CNBC, as restrições de Pequim às exportações de terras raras podem atingir a indústria de defesa dos EUA, em particular. O Departamento de Defesa estaria acelerando seus esforços para estocar US$ 1 bilhão em minerais críticos, que são componentes cruciais de vários sistemas de armas dos EUA. O fato de os EUA não terem sua própria reserva de terras raras é “escandaloso”, disse Jeremy Siegel, da Universidade da Pensilvânia, à CNBC ontem.

5. Se o preço estiver certo

O preço médio de um carro novo atingiu novas máximas no mês passado. De acordo com a Cox Automotive, o preço médio pago em setembro ultrapassou US$ 50.000 pela primeira vez na história.

Mas, enquanto as etiquetas de preço sobem e os consumidores abastados pagam caro (shell out), as taxas de inadimplência de empréstimos automotivos entre pessoas com baixa classificação de crédito estão próximas de máximas históricas. Como reporta Mike Wayland, da CNBC, é o mais recente exemplo de uma economia em “formato K” nos EUA.

Os CEOs da The Daily Dividend Oracle se reuniram com David Faber, da CNBC, ontem na conferência AI World da empresa.