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Ecos do tarifaço: exportações brasileiras ganham volume, mas efeito Trump derruba superávit, aponta FGV
Publicado 14/10/2025 • 20:47 | Atualizado há 10 horas
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Publicado 14/10/2025 • 20:47 | Atualizado há 10 horas
KEY POINTS
As exportações brasileiras cresceram 9,6% em volume e 7,2% em valor entre setembro de 2024 e setembro de 2025, mas o superávit comercial caiu para US$ 45,5 bilhões no acumulado do ano, uma queda de US$ 13,2 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os dados são de um estudo do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), que analisa o impacto do tarifaço do governo Donald Trump sobre o comércio global e o desempenho das exportações brasileiras.
De acordo com a FGV, a queda está diretamente ligada à redução de 19,1% nas exportações brasileiras para os Estados Unidos em setembro, que agora respondem por apenas 8,4% da pauta nacional. O movimento foi parcialmente compensado por altas nas vendas para Argentina (+22%), China (+15%) e União Europeia (+5,7%), o que tem ajudado o país a diversificar mercados.
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O relatório destaca ainda que o comércio mundial cresceu 4,9% no primeiro semestre, impulsionado pela antecipação de exportações e pela força da economia norte-americana, levando a OMC a revisar sua projeção de crescimento global de 0,9% para 2,4% em 2025.
A FGV observa uma reversão acentuada nas exportações agropecuárias, que passaram de alta de 9,5% em agosto para queda de 32,3% em setembro.
O setor de máquinas e equipamentos também registrou retração de 10,9%, após avanço de 15% no mês anterior, e o de fármacos caiu 31,1%. Apenas transportes e coque mostraram crescimento.
Produtos como carne e café continuam compensando perdas no mercado norte-americano com aumento das vendas para outros destinos, enquanto itens como ferro e aço semimanufaturados subiram 34,5% em setembro após retração em agosto.
Segundo o estudo, o efeito Trump já provoca mudanças na geografia e na composição da pauta exportadora brasileira.
Os aumentos recentes de exportações para a Ásia (sem a China), a América do Sul (sem a Argentina) e o México indicam um movimento de adaptação das empresas.
A FGV avalia que o cenário ainda é de transição e pode mudar com o resultado das negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
“Cada país tenta mostrar ganhos e compensar concessões com benefícios. Dada a assimetria entre as economias, o maior desafio é para o Brasil”, conclui o estudo.
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