Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Nova lei de câmbio divide opiniões entre modernização e anistia a bancos
Publicado 17/10/2025 • 21:25 | Atualizado há 2 meses
Startup de ex-espiã levanta US$ 60 mi para combater riscos de IA
Marvell intensifica disputa por IA e compra startup por US$ 3,2 bilhões
Telefone retrô conectado por Bluetooth viraliza e rende US$ 120 mil em três dias
Startup de IA de US$ 4 bi apoiada pela Nvidia anuncia grande expansão em Londres
Nova ferramenta de IA do YouTube alimenta Google com dados sensíveis de criadores
Publicado 17/10/2025 • 21:25 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
A recente mudança na Lei de Câmbio, que alterou as regras sobre a classificação de finalidade nas operações cambiais, vem gerando interpretações distintas entre autoridades financeiras e órgãos de investigação. O tema foi discutido nesta sexta-feira (17) pelo advogado criminalista João Pedro Drummond, sócio-fundador da Drummond e Nogueira Advocacia Penal, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Leia mais:
Especialista explica mudanças na Lei de Câmbio e descarta anistia a bancos
Mudança na Lei Cambial teve efeito semelhante à anistia para bancos investigados por lavagem de dinheiro, diz especialista
Santander, Travelex e Genial: investigação de esquema de evasão de divisas ocorreu em paralelo à mudança na lei de câmbio
Segundo Drummond, a alteração legislativa — que tornou sem efeito uma investigação da Polícia Federal sobre remessas de valores ao exterior envolvendo organizações criminosas — trouxe à tona o debate sobre se a medida configura uma anistia às instituições financeiras ou uma modernização regulatória.
“É uma pauta extremamente complexa”, afirmou. “Toda operação de câmbio precisa ter uma etiqueta, uma classificação que indique sua finalidade, se é pagamento por importação, serviço, investimento ou outra natureza. Essa informação é essencial para fins econômicos, estatísticos e para o combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo”, acrescentou.
Drummond destacou que o volume diário de operações cambiais no Brasil é “astronômico”, o que torna inviável uma auditoria detalhada em tempo real. Por isso, o sistema financeiro se apoia em mecanismos automáticos de verificação de padrões e análise de risco.
Nessa dinâmica, explicou, a discussão se dá entre dois polos: de um lado, a Polícia Federal, que conduzia investigações com base na falha dos bancos em identificar corretamente a finalidade das operações; de outro, o Banco Central e as próprias instituições financeiras, que defendem que a mudança representa uma adequação técnica às novas práticas regulatórias. “Não é leniência com o sistema financeiro”, declarou.
Para o advogado, o impacto jurídico é inevitável. “Se uma nova lei é editada e retira uma obrigação anterior dos bancos, cujo descumprimento era a base da investigação, essas condutas perdem relevância penal”, explicou.
Segundo ele, o timing da mudança, em meio a uma investigação de grande repercussão, torna o caso sensível, mas não significa uma autorização de leniência. “Pelo contrário, há outros mecanismos tão relevantes quanto o etiquetamento que continuam obrigatórios, como os programas de Know Your Client (KYC), que exigem das instituições conhecer o cliente, rastrear a origem e o destino dos valores e monitorar redes financeiras suspeitas”, afirmou.
Drummond também ressaltou o papel do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), responsável por compilar e cruzar dados bancários para identificar padrões suspeitos, que permanecem essenciais para a prevenção de ilícitos financeiros.

O advogado reconheceu que há espaço para aprimoramento na nova legislação, especialmente diante da velocidade com que o sistema bancário evolui.
“A lei precisa acompanhar as mudanças do mercado. O sistema está sempre em evolução — e as formas de burlar também. É fundamental que o Congresso mantenha diálogo constante com o setor financeiro e com os órgãos de fiscalização para entender suas dores e limitações”, opinou.
Ele citou como exemplo a necessidade de definir parâmetros mais claros para o KYC, delimitando até onde os bancos podem acessar e compartilhar dados entre si, além de debates recentes sobre o uso de informações do COAF pelo Judiciário e pelo Ministério Público. “A atualização constante e a interlocução entre quem faz a lei e quem a aplica são fundamentais”, concluiu.
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
1
Banco Master: o que falta para os pagamentos começarem?
2
Flamengo é finalista no Globe Soccer, prêmio que elege os melhores do mundo da bola
3
Quais os próximos jogos do Flamengo? Veja datas e horários
4
Banco Master: Entenda porque ministro do STF decretou sigilo elevado no processo de Daniel Vorcaro
5
Telefone retrô conectado por Bluetooth viraliza e rende US$ 120 mil em três dias