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Mercado ilegal de arte desafia autoridades com redes sofisticadas
Publicado 19/10/2025 • 16:06 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 19/10/2025 • 16:06 | Atualizado há 3 horas
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O Museu do Louvre, em Paris, foi invadido em plena luz do dia por ladrões neste domingo (19). Os bandidos levaram nove peças da coleção de joias da monarquia francesa. A ação, que as autoridades acreditam ter durado apenas sete minutos, foi executada por um grupo de três a quatro criminosos e resultou no furto de peças de valor “inestimável” da coleção de Napoleão, pertencentes à Coroa Francesa. O Ministério do Interior da França classificou o valor patrimonial das peças como inestimável, dada sua relevância histórica e cultural.
Para analisar o impacto do crime e as consequências para o mercado de arte, a Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC conversou com Guilherme Udo, pesquisador e professor do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.
“É mais um episódio que pega o mundo de surpresa, embora não seja algo incomum. Roubos de arte são frequentes, mas nem sempre recebem tanta atenção pública”, observou o especialista. A gente se surpreende com situações assim, mas isso mostra a necessidade de investimentos contínuos em segurança, algo que já vinha sendo discutido pela equipe responsável pelo museu na França”, destacou.
Segundo o professor, a questão da segurança é um dos maiores desafios enfrentados pelos museus tanto na Europa quanto no Brasil. “Quando falamos de segurança, tratamos de obras com valor monetário altíssimo, mas também com valor cultural e simbólico incalculável. A proteção precisa ser total, e, muitas vezes, os sistemas de segurança ainda são insuficientes”, explicou.
Udo ressaltou que criminosos que planejam ações desse tipo costumam estudar as rotinas do museu e identificar fragilidades. “Muitas vezes, os roubos parecem triviais, mas são minuciosamente planejados. Eles analisam obras em processo de restauração ou expostas em áreas com menor vigilância”, disse.
Ele lembrou ainda que a recuperação dessas peças é um processo demorado e complexo. “Recuperar obras roubadas costuma levar muito tempo. É uma operação delicada e que exige cooperação internacional”, afirmou.
Além do prejuízo cultural, o roubo de obras de arte gera repercussões significativas no mercado. “Esse tipo de crime afeta a credibilidade das instituições e dos próprios colecionadores. No caso do Louvre, as peças levadas são icônicas, e isso reforça o impacto simbólico e financeiro do ocorrido”, explicou Udo.
Ele destacou dois padrões principais de atuação no mercado ilegal de arte. “O primeiro envolve compradores privados interessados em ter obras raras em coleções particulares, longe dos olhos públicos. O segundo é o de criminosos que fragmentam ou disfarçam as peças — transformando joias, quadros ou esculturas em partes menores para dificultar a rastreabilidade”, disse.
Segundo o professor, esse tipo de atividade alimenta um mercado clandestino altamente lucrativo e difícil de combater. “É um ciclo complexo, que exige reforço de segurança, rastreabilidade e cooperação entre museus, seguradoras e autoridades internacionais”, completou.
O especialista destacou que, após um episódio dessa magnitude, o próprio Museu do Louvre deverá passar por uma revisão de protocolos. “Casos como esse afetam a credibilidade do museu, o fluxo de visitantes, a atuação das seguradoras e, principalmente, a confiança do público. É um abalo que exige resposta rápida e reestruturação”, avaliou.
Para ele, o crime serve como alerta global para o setor cultural. “São episódios que reforçam a necessidade de o mercado de arte se reinventar e se adaptar a novas realidades de segurança e rastreamento. A tecnologia precisa ser parte essencial desse processo”, concluiu.
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