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Vendas de carros elétricos no Brasil devem passar as 200 mil unidades, mas o que é preciso saber antes de comprar
Publicado 23/10/2025 • 08:47 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 23/10/2025 • 08:47 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
As vendas de carros eletrificados não param de crescer no Brasil. Em 2023, 94 mil híbridos e elétricos foram emplacados no país. Em 2024, o número saltou para 170 mil e, neste ano, deve ultrapassar 200 mil unidades, segundo a ABVE, que reúne empresas do setor. O aumento do interesse dos consumidores vem acompanhado de dúvidas sobre esse novo universo. Pensando nisso, o Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC consultou especialistas para esclarecer as principais questões.
Uma das maiores preocupações está ligada à durabilidade das baterias, o componente mais caro de veículos híbridos e elétricos. Segundo Clemente Gauer, diretor e membro do conselho da ABVE, isso é coisa do passado. “O maior medo de todos, a bateria, deixou de ser um problema. Sua longevidade costuma superar uma década de uso intenso, superando motores e transmissões dos carros a combustão”, afirma.
De acordo com ele, as montadoras oferecem garantia mínima de oito anos ou 160 mil km para degradação e defeitos. “Um evidente sinal de que a vida útil real vai além. Estudos e relatos de proprietários indicam até 20 anos”, acrescenta.
No caso de elétricos usados, Gauer dá uma dica: “Verifique as revisões e peça um laudo de saúde da bateria (SoH) se o carro tiver mais de oito anos ou 300 mil km rodados.”
Diretamente ligada à bateria — e a fatores como o estilo de condução —, a autonomia é outra fonte de insegurança para quem está dando os primeiros passos no universo dos carros elétricos (EVs). Para Carlos Augusto Serra Roma, diretor técnico da ABVE, ao considerar vantagens como a recarga em casa e o menor custo por quilômetro rodado, dificilmente quem compra um elétrico volta para um modelo a combustão.
No entanto, nem todos podem ter um carregador wallbox ou mesmo uma tomada dedicada em casa. É o caso de moradores de prédios antigos, onde as exigências legais e de projeto inviabilizam a instalação de sistemas de recarga.
Embora a oferta de carregadores públicos esteja crescendo, principalmente em grandes cidades como São Paulo, ela ainda é limitada em algumas regiões. “O Brasil conta com cerca de 16 mil pontos públicos e semipúblicos de recarga, distribuídos em quase 1.500 municípios. A maioria ainda é de carga lenta (AC). A boa notícia é que o número de carregadores rápidos (DC) vem aumentando rapidamente e será justamente essa infraestrutura de alta potência nas rodovias que mais crescerá nos próximos anos, viabilizando viagens longas e conectando as regiões do país”, explica Roma.
Segundo ele, os híbridos plug-in (PHEV) são uma alternativa de transição para quem ainda tem receio de adotar o elétrico puro. “Você pode rodar no modo 100% elétrico na cidade e no modo híbrido em viagens longas”, diz.
Como os elétricos ainda são minoria em um mercado dominado por carros a combustão, a revenda continua sendo um desafio para parte dos consumidores. Mas isso está mudando, segundo Marcelo Barros, diretor-geral da plataforma de vendas Autorola.
Fatores como o maior acesso à tecnologia, com modelos de até R$ 150 mil, e o baixo custo de manutenção têm atraído compradores também no mercado de usados, afirma Barros. Mesmo assim, a desvalorização ainda é uma variável importante.
“Se levarmos em conta modelos elétricos premium, a desvalorização é uma incógnita. Pode resultar em perdas significativas em um ano de uso, algo que não acontece com os elétricos mais baratos”, diz. Segundo ele, a alta rotatividade de elétricos de entrada no mercado de usados ajuda a explicar esse comportamento.
Quando o assunto é manutenção, os veículos 100% elétricos têm vantagens, mas também desafios. Por um lado, possuem menos componentes e partes móveis do que os carros a combustão — não há velas, filtros de combustível ou óleo e nem sistema de escapamento. Por outro, ainda há escassez de peças e profissionais qualificados, o que pode elevar os custos fora da rede autorizada.
“Nos veículos 100% elétricos (BEV), a manutenção preventiva é cerca de 15% mais barata do que a de modelos a combustão”, afirma Danilo Fraga, da Fraga Consultoria. “No entanto, ainda enfrentam desafios, como a dificuldade de encontrar peças e oficinas especializadas. Para comparação, os carros a combustão contam com mais de 101 mil oficinas mecânicas espalhadas pelo Brasil”, explica.
Nos casos de reparos e intervenções corretivas, os elétricos ainda têm desvantagem. “Os custos são muito mais altos. A bateria de alta voltagem pode custar entre R$ 23 mil e R$ 65 mil, com vida útil estimada em 15 anos. Já um motor a combustão pode ser retificado por valores entre R$ 2,5 mil e R$ 12 mil, e tende a durar até 20 anos”, afirma o consultor.
Assim, embora o carro elétrico proporcione economia anual em manutenção preventiva, uma falha mais grave pode anular rapidamente essa vantagem. “Pode representar um custo de reparo expressivo para o consumidor”, conclui Fraga.
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