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Ações da Kering sobem 9% com melhora “acentuada” na Gucci, impulsionando otimismo entre investidores

Publicado 23/10/2025 • 08:10 | Atualizado há 8 horas

KEY POINTS

  • As quedas nas vendas diminuíram no nível do grupo e na Gucci, a maior marca da empresa.
  • No início desta semana, a Kering anunciou que concordou em vender sua unidade de beleza para a L’Oréal por US$ 4,7 bilhões.
  • Embora os lucros do terceiro trimestre da Kering tenham representado uma “clara melhoria sequencial”, eles “permanecem muito abaixo dos do mercado”, disse o CEO Luca de Meo.

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Fachada de uma loja Gucci, do grupo Kering

As ações da Kering, dona da Gucci, dispararam mais de 9% nesta quinta-feira (23), atingindo o maior nível em um ano, após a empresa reduzir o ritmo de queda nas vendas e divulgar lucros trimestrais acima das estimativas.

O conglomerado francês de luxo, que também controla marcas como Saint Laurent e Balenciaga, registrou vendas de 3,42 bilhões de euros (US$ 3,97 bilhões) no terceiro trimestre, uma queda de 5% em termos comparáveis em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado mostra melhora em relação ao segundo trimestre, quando as vendas caíram 15% na mesma base de comparação.

As vendas da Gucci, principal marca do grupo, recuaram 14% na comparação anual, para 1,34 bilhão de euros. O desempenho de algumas marcas menores ajudou a atenuar o impacto sobre a Kering.

A companhia destacou que, apesar da queda, o resultado da Gucci representa uma melhora acentuada em relação ao trimestre anterior, quando as vendas da marca haviam despencado 25%.

Analistas consultados pela FactSet previam que o grupo alcançaria 3,31 bilhões de euros em vendas no trimestre, enquanto as receitas da Gucci, que normalmente correspondem a cerca de metade do faturamento total da Kering, eram estimadas em 1,32 bilhão de euros.

Em sua apresentação de resultados, a Kering observou que as oscilações cambiais continuam sendo “um obstáculo significativo”, com um impacto negativo de 5% nas vendas.

O CEO Luca de Meo afirmou em comunicado que a empresa segue comprometida em reverter seu desempenho. Ele destacou que, embora o resultado do terceiro trimestre mostre “uma clara melhora sequencial”, ele “ainda está muito abaixo do mercado”.

“Isso reforça minha determinação em atuar em todas as dimensões do negócio para devolver às nossas marcas e ao grupo a posição de destaque que merecem. Estamos trabalhando incansavelmente na reestruturação, como mostram nossas decisões recentes.”

Reestruturação em andamento

No início desta semana, a Kering anunciou que fechou um acordo para vender sua divisão de cosméticos à L’Oréal por US$ 4,7 bilhões. A medida faz parte da estratégia de De Meo para reduzir o endividamento e concentrar esforços nos negócios principais de moda.

Na manhã desta quinta-feira, o Deutsche Bank elevou o preço-alvo das ações da Kering em 3,4%, para 300 euros. Os papéis eram negociados por volta de 340,45 euros.

“É importante notar que o desempenho melhor ocorreu em todas as principais marcas e, com as margens brutas e as orientações de despesas operacionais mantidas, há um bom reflexo positivo nas projeções de lucro operacional (EBIT)”, afirmou Adam Cochrane, do Deutsche Bank, em nota.

“Especificamente em relação à Gucci, a melhora foi sustentada pelos artigos de couro, já que as linhas de bolsas foram renovadas ao longo dos últimos 18 meses. Isso deve apoiar o lançamento da coleção de pronto-para-vestir inspirada por Demna, previsto para o primeiro semestre de 2026.”

Analistas do UBS, por sua vez, disseram que o relatório da Kering confirma “a melhora geral do setor e também o sucesso inicial das medidas tomadas pela gestão para reverter o desempenho da empresa”.

“Em resumo, considerando que a tese de investimento está centrada na reviravolta da Gucci, alguns analistas mais céticos podem argumentar que a marca melhorou no mesmo ritmo das demais, o que indicaria pouca evidência de que ela esteja ganhando tração acima da média do grupo”, acrescentaram.

As ações da Kering acumulam alta de cerca de 33% neste ano, impulsionadas pelo bom momento do setor de luxo. No entanto, a estagnação das vendas, os aumentos de preços e as novas tensões comerciais têm gerado dúvidas sobre as perspectivas para os produtos de alto padrão.

Na semana passada, as ações das empresas europeias de luxo, incluindo a Kering, subiram após a LVMH surpreender o mercado ao voltar a crescer. O conglomerado francês é visto como um termômetro do setor.

A Kering enfrenta desafios próprios, como a demanda enfraquecida por suas principais marcas e mudanças na liderança. No segundo trimestre, o tombo de 25% nas vendas da Gucci assustou os investidores

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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