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EUA abrem investigação contra China por vender semicondutores a preço artificialmente baixo
Publicado 23/12/2024 • 13:52 | Atualizado há 1 ano
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Publicado 23/12/2024 • 13:52 | Atualizado há 1 ano
KEY POINTS
Foto: Pixabay
Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (23) o início de uma investigação sobre as políticas e práticas da China relacionadas à indústria de semicondutores.
Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, há evidências de que a China utiliza “extensos meios anticompetitivos e não de mercado” para dominar o setor global de semicondutores, o que inclui oferecer chips a preços artificialmente baixos –prática conhecida no mercado pela expressão em inglês “dumping“.
A China “adota políticas e práticas não baseadas no mercado, assim como direcionamento industrial” na indústria de chips, o que permite que empresas chinesas “prejudiquem significativamente a concorrência e criem dependências perigosas na cadeia de suprimentos de semicondutores fundamentais”, afirmou a Casa Branca em um comunicado.
A investigação é conduzida pela Representante de Comércio dos EUA (USTR), Katherine Tai. O objetivo é avaliar se as práticas chinesas estão prejudicando a competitividade americana e criando barreiras comerciais. A investigação está centrada em semicondutores, componentes essenciais para produtos como carros e dispositivos médicos.
“Essas práticas ameaçam eliminar a competição justa e orientada para o mercado”, afirmou Katherine Tai.
Dados divulgados pelo USTR indicam que a China dobrou sua participação global na capacidade de produção de semicondutores lógicos fundamentais nos últimos seis anos e pode alcançar cerca de 50% da capacidade mundial até 2029.
Essa rápida expansão estaria desestimulando investimentos de atores econômicos orientados para o mercado, segundo o relatório.
Uma análise recente revelou que dois terços dos produtos americanos contêm semicondutores fabricados na China. A Secretária de Comércio, Gina Raimondo, destacou que muitas empresas americanas nem sequer sabem se seus produtos possuem componentes chineses.
“Esse nível de dependência representa um desafio crítico para a segurança econômica e as cadeias de suprimentos dos EUA”, alertou.
Nos últimos anos, o governo de Joe Biden vem investindo para reduzir a dependência de semicondutores estrangeiros e fortalecer a fabricação doméstica. A nova investigação, segundo a Conselheira Econômica Nacional Lael Brainard, é parte dessa estratégia mais ampla de revitalizar a manufatura nos EUA e aumentar a resiliência das cadeias de suprimentos.
Pequim reagiu, classificando a investigação como “protecionista” e afirmando que defenderá seus interesses. O governo chinês instou Washington a interromper suas “práticas erradas”, indicando que a disputa comercial entre as duas potências pode se intensificar.
O primeiro governo de Donald Trump já usou as mesmas justificativas para subir tarifas sobre produtos chineses. A expectativa é que a análise inicial da USTR se concentre nos impactos das políticas chinesas sobre os semicondutores e, eventualmente, aborde insumos para a fabricação de chips.
A investigação deverá ser concluída em até um ano, com a possibilidade de adoção de medidas punitivas caso sejam confirmadas práticas que restrinjam o comércio americano.
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