Fitch diz que alta do dólar e juros elevados ameaçam negócios de empresas no Brasil
Publicado 23/12/2024 • 16:30 | Atualizado há 5 meses
China mantém controle sobre metais de terras raras após suspender algumas restrições à exportação dos EUA
Microsoft propõe separação do Teams dos pacotes Office para evitar sanções da UE
Alibaba, Tencent e JD.com mostram que anúncios com IA impulsionam compras
Sentimento do consumidor cai em maio, com expectativas de inflação nos EUA aumentando após tarifas
Cybertrucks do Catar, camelos de elite e mega-acordos históricos: Por que os países do Golfo investem tudo na visita de Trump
Publicado 23/12/2024 • 16:30 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
Imagem de sede da Fitch Ratings
Reprodução
A piora das condições econômicas no Brasil por causa dos juros em alta e da constante desvalorização do real ameaça negócios das empresas, diz a agência de classificação de risco Fitch Ratings, em relatório avaliando as perspectivas para as companhias na América Latina em 2025.
A Fitch alerta para eventuais impactos da recente piora das condições do mercado no Brasil, com o dólar em disparada e os juros subindo e devendo continuar nessa tendência. A agência de rating prevê uma desaceleração do PIB brasileiro este ano. De crescimento esperado de 3,1% em 2024 deve se reduzir para 2% em 2025.
“A recente desvalorização do real poderia exacerbar as pressões inflacionárias, com o Banco Central continuando a aumentar as taxas de juros”, afirma a Fitch.
No geral, a agência avalia que as companhias da América Latina fizeram um bom gerenciamento das finanças e passivos nos últimos anos. Por isso, estão melhor preparadas para eventuais medidas de Donald Trump, como a adoção de tarifas mais altas a países que exportam para os Estados Unidos. Assim, fica limitado o risco de piora nas companhias por conta da expectativa de menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da região e da economia mundial.
Na gestão das finanças, as empresas conseguiram prorrogar prazos de vencimento de dívidas e administrar passivos. Em títulos de dívidas emitidos no exterior (bonds), as empresas do Brasil têm apenas US$ 2 bilhões a vencer em 2025. Além disso, a Fitch observa que a liquidez das companhias está adequada e os programas de investimento (capex) devem se estabilizar.
Fusões e aquisições
Os analistas da Fitch não descartam que o nível de endividamento de empresas possa acabar estimulando fusões e aquisições na América Latina, em setores como o aéreo, imobiliário, petróleo e gás e materiais. Entre as possibilidades, o texto cita a já pública negociação dentre Azul e Gol.
Ainda nos pontos a se observar em 2025, a Fitch cita a promessa de Trump de elevar tarifas no comércio exterior. O impacto maior na região deve ser em empresas do México, ressalta o relatório.
A agência de rating já reduziu a previsão de expansão do PIB mexicano nos próximos dois anos, para 1,1% em 2025 e 1,7% em 2026.
Mais lidas
Exportações de carne de frango do Brasil para União Europeia estão suspensas, informa Fávaro
Cyrela tem lucro líquido de R$ 328 milhões no 1º trimestre
Alibaba, Tencent e JD.com mostram que anúncios com IA impulsionam compras
Especialista critica falta de regulamentação para motos por aplicativo em SP: 'É um processo desorganizado"
Com queda de 8%, lucro líquido da CPFL soma R$ 1,615 bilhão no 1º trimestre