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COP30 começa na Amazônia com 143 países e foco em financiamento climático recorde

Publicado 09/11/2025 • 20:58 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • O novo modelo amplia o compromisso firmado na COP29, que previa US$ 300 bilhões anuais de contribuição das nações ricas.
  • Sediada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 reforça a liderança brasileira em financiamento climático e preservação florestal.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) começa nesta segunda-feira (10), em Belém (PA), e segue até 21 de novembro. Pela primeira vez sediado na Amazônia, o evento reúne líderes globais, negociadores, cientistas e representantes da sociedade civil para discutir medidas de contenção do aquecimento global e formas de financiar a transição climática nos países em desenvolvimento.

Confirmaram presença 143 delegações dos 198 países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). A conferência deve reunir cerca de 50 mil pessoas, entre negociadores e representantes de movimentos sociais e ambientais.

Objetivos e temas centrais da conferência

O principal objetivo da COP30 é definir ações concretas para limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C até o fim do século, meta estabelecida pelo Acordo de Paris, firmado em 2015. A conferência busca acelerar a implementação dos compromissos assumidos nas COPs anteriores e revisar as metas nacionais de redução de emissões, conhecidas como NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas).

Entre os temas em debate estão:

  • Redução de emissões de gases de efeito estufa;
  • Financiamento climático para países em desenvolvimento;
  • Adaptação às mudanças climáticas;
  • Transição energética e uso de tecnologias renováveis;
  • Preservação de florestas e biodiversidade;
  • Justiça climática e inclusão de povos tradicionais.

Financiamento climático é foco das negociações

O principal desafio da conferência é mobilizar recursos para o financiamento climático. As presidências da COP29 (Azerbaijão) e da COP30 (Brasil) lançaram o “Mapa do Caminho de Baku a Belém”, plano que prevê levantar US$ 1,3 trilhão por ano até 2035 para apoiar países em desenvolvimento na transição verde.

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A COP29 havia definido que as nações desenvolvidas devem liderar o esforço com pelo menos US$ 300 bilhões anuais, valor considerado insuficiente por países emergentes. O novo plano busca ampliar essa contribuição e estabelecer critérios mais transparentes de repasse e rastreabilidade.

Até fevereiro de 2025, todos os países deveriam ter atualizado suas NDCs, alinhando-as à meta do Acordo de Paris. No entanto, apenas 64 países cumpriram o prazo, o que representa cerca de um terço dos signatários.

Metas da União Europeia e ausência dos EUA

Entre as atualizações mais aguardadas estava a da União Europeia, que apresentou sua nova meta climática poucos dias antes da abertura do encontro, na última quarta-feira (5). Após intensa negociação entre os ministros do Meio Ambiente dos 27 Estados-membros, o bloco anunciou o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre 66,25% e 72,5% até 2035 (em comparação a 1990) e de 90% até 2040.

Já os Estados Unidos não enviaram uma delegação oficial à COP30. Mesmo sem representação do governo federal, mais de 100 estados e municípios americanos estarão presentes com agendas próprias de descarbonização e metas regionais de neutralidade de carbono, formando a maior delegação subnacional do evento, atrás apenas da brasileira.

Importância estratégica da COP30 em Belém

A realização da conferência em Belém, no coração da Amazônia, tem forte simbolismo político e ambiental. O Brasil busca consolidar-se como liderança global em temas de financiamento climático, preservação de florestas tropicais e economia verde, ao mesmo tempo em que tenta atrair novos compromissos para o Fundo Amazônia e iniciativas de restauração florestal.

As negociações de Belém são consideradas determinantes para o próximo ciclo do Acordo de Paris, que prevê metas de mitigação e financiamento para 2035, marcando o início de uma década decisiva para conter o aquecimento global.

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