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COP30: Brasil lidera coalizão global de mercados de carbono, destaca sócia da EY
Publicado 12/11/2025 • 13:24 | Atualizado há 2 minutos
Publicado 12/11/2025 • 13:24 | Atualizado há 2 minutos
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O Brasil assumiu a liderança de uma coalizão internacional para integração dos mercados regulados de carbono, segundo destacou Érica Perin, sócia-líder de Impostos Diretos e ESG Tax para a América Latina na Ernst & Young (EY), em entrevista ao jornalista Marcelo Torres, durante transmissão ao vivo do programa Real Time, da CNBC Brasil, diretamente da COP30.
A iniciativa reúne países como China, Reino Unido, México e União Europeia em torno de um objetivo comum: coordenar e padronizar a medição, o monitoramento e a verificação das emissões de carbono, estabelecendo critérios unificados para a descarbonização da economia global.
“Pela primeira vez teremos uma ação coordenada entre países para dar mais confiança e acuracidade aos créditos de carbono”, explicou Érica Perin. “Isso é essencial para destravar o potencial do mercado, especialmente no Brasil, onde a matriz energética é limpa e há enorme oportunidade de expansão.”
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Durante a entrevista, a executiva lembrou que o mercado regulado de carbono brasileiro, publicado em dezembro de 2024, está em fase de implementação, com cinco etapas previstas até a definição do Plano Nacional de Alocação de Cotas de Emissão.
O processo inclui o monitoramento, relato e verificação (MRV), além da taxonomia sustentável, recém-criada por decreto, que define padrões para classificar projetos ambientais — como créditos RED+, reflorestamento e compensações de emissões industriais.
“Sem uma taxonomia clara, não há como comparar um crédito bom com um crédito ruim, e isso afeta a precificação e a confiança do investidor”, observou Perin.
Segundo a especialista, um dos desafios é assegurar a interoperabilidade entre os mercados, garantindo transparência e segurança nas transações. Essa padronização, afirma ela, é o que dará mais confiança a investidores internacionais, reduzindo o risco de greenwashing.
Empresas que excederem suas metas de emissão terão de comprar créditos de carbono para compensar o volume adicional, o que deve movimentar tanto o mercado regulado quanto o voluntário.
“As companhias que emitem mais de 25 mil toneladas por ano passarão a ter limites rígidos e metas obrigatórias de compensação”, explicou. “Quanto mais rápido o Brasil avançar na implementação, mais competitivo será o país frente a mercados regulados como o europeu.”
A executiva ressaltou ainda que a regulamentação do mercado brasileiro ajudará as exportações nacionais a se adaptarem às novas exigências ambientais, especialmente ao Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM), da União Europeia.
“Produtos brasileiros como o aço e o minério de ferro, por terem menor pegada de carbono, tendem a se tornar mais competitivos quando essa regulação estiver plenamente implementada”, destacou Perin.
A especialista da EY concluiu que a consolidação de regras, padrões e interoperabilidade deve impulsionar o mercado de carbono no Brasil, fortalecer a transição energética e abrir espaço para novos investimentos sustentáveis.
“É um passo decisivo para posicionar o Brasil como potência verde e referência global em descarbonização”, afirmou.
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