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Entidades e políticos veem redução tarifária com otimismo e cautela

Publicado 14/11/2025 • 19:31 | Atualizado há 21 minutos

KEY POINTS

  • ABIEC considera positiva a retirada das tarifas dos EUA sobre a carne bovina brasileira e afirma que a medida reforça a confiança no diálogo técnico entre os dois países
  • Entidade destaca que os EUA são o segundo maior mercado para a carne bovina do Brasil e que a redução tarifária devolve previsibilidade e melhora as condições para o comércio bilateral
  • Associação diz que seguirá cooperando com autoridades brasileiras e americanas para ampliar oportunidades e consolidar o Brasil como fornecedor confiável e competitivo no mercado global

Ricardo Stuckert/PR

26/10/2025 - Encontro de Lula e Donald Trump

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ajustar novamente o escopo das tarifas aplicadas a produtos importados foi recebida com otimismo e cautela pelo setor de proteína animal no Brasil. A nova ordem executiva, assinada nesta sexta-feira (14), exclui itens agrícolas específicos das cobranças adicionais e atualiza anexos tarifários de decretos anteriores.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) afirmou que a redução tarifária aplicada à carne bovina brasileira é “muito positiva” e devolve previsibilidade ao comércio entre os dois países. Para a entidade, a medida reforça a confiança no diálogo técnico e reconhece a relevância da proteína nacional, destacada pela qualidade e pela contribuição para a segurança alimentar global.

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Segundo a ABIEC, os Estados Unidos são hoje o segundo maior destino da carne bovina brasileira, e a redução tarifária abre espaço para uma retomada “mais equilibrada e estável” das exportações. A entidade afirma que seguirá trabalhando com autoridades brasileiras e norte-americanas para ampliar oportunidades e consolidar o país como parceiro confiável no mercado global.

Já o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) afirmou que ainda avalia o impacto exato da nova ordem executiva. A entidade lembrou que o café brasileiro está sujeito a duas tarifas: a base, de 10%, e a adicional, de 40%, vinculada ao Artigo 301. Por isso, disse ser necessário esclarecer se a mudança afeta apenas uma ou ambas. O Cecafé informou que está em contato com parceiros americanos e voltará a se pronunciar quando houver segurança jurídica sobre o alcance da medida.

A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) afirmou que só vai se manifestar oficialmente após concluir uma análise técnica detalhada da nova ordem executiva americana. A entidade destacou que é essencial confirmar quais frutas foram de fato incluídas na redução tarifária, já que as principais exportações do setor, manga e uva, não têm sido mencionadas nas primeiras leituras. Segundo a associação, apenas após essa verificação será possível avaliar com precisão o impacto da medida para o setor.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, também comentou a medida. Em uma publicação no X, afirmou que a redução das tarifas sobre produtos agrícolas reforça “a importância do diálogo e da cooperação internacional”. Segundo ele, o Estado, que tem produção forte e qualificada, tende a ser beneficiado pela abertura. Casagrande disse ainda esperar que a medida avance e passe a incluir outros produtos, “ampliando as oportunidades para quem produz no Espírito Santo e no Brasil”.

Já o presidente da Comissão Temporária Externa para Interlocução sobre Relações Econômicas Brasil–EUA (CTEUA), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), destacou que a retirada das tarifas é resultado direto de um esforço conjunto entre Parlamento e Executivo.

Trad lembrou a missão suprapartidária a Washington, composta por oito senadores, que apresentou a republicanos e democratas análises técnicas sobre os prejuízos mútuos das tarifas. Também ressaltou o papel do governo brasileiro, que, segundo ele, ajudou a reconstruir a confiança necessária para a revisão da política tarifária. A CTEUA afirma que vai continuar trabalhando com diálogo e foco nos resultados para defender os interesses do país.

EUA anunciam redução de tarifas

A mudança ocorre dentro do estado de emergência comercial declarado em abril pelo governo dos EUA, quando a Casa Branca vinculou déficits persistentes a riscos econômicos e de segurança. Na época, Washington introduziu tarifas ad valorem sobre diversos bens, preservando exceções listadas no Anexo II da Ordem Executiva 14257. Em setembro, um novo decreto (14346) ampliou os produtos sujeitos às cobranças e revisou novamente o anexo.

Agora, após novas recomendações de autoridades que monitoram o tema, o governo dos EUA voltou a ajustar o alcance das tarifas, retirando determinados produtos agrícolas da lista – entre eles, cortes de carne bovina exportados pelo Brasil. As versões atualizadas do Anexo II e do anexo “Potenciais Ajustes Tarifários para Parceiros Alinhados” passam a valer simultaneamente.

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Além da revisão tarifária, a ordem assinada por Trump determina alterações na Nomenclatura Comum dos Estados Unidos, que entram em vigor para mercadorias importadas ou retiradas de armazém para consumo a partir das 00h01 de 13 de novembro. Reembolsos de tarifas já pagas poderão ser solicitados conforme os procedimentos da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP).

O texto também determina que o Departamento de Comércio e o Escritório do Representante Comercial mantenham a vigilância sobre as condições associadas ao estado de emergência comercial, avaliando eventuais novas medidas regulatórias. A Casa Branca ressalta que as mudanças respeitam a legislação vigente e não criam direitos judiciais adicionais.

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