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Desgaste político e preço ao consumidor levaram governo dos EUA a recuar

Publicado 14/11/2025 • 20:08 | Atualizado há 50 minutos

KEY POINTS

  • O governo retirou tarifas elevadas sobre itens como carne bovina, café, cacau, bananas, tomates, abacates, cocos, laranjas, abacaxis e especiarias — um recuo parcial da política tarifária que vinha elevando custos ao consumidor.
  • As tarifas implementadas no início do ano encareceram insumos e ampliaram o desgaste político de Trump. A reversão ocorre após novos acordos comerciais com Argentina, Guatemala, El Salvador e Equador.
  • A isenção pode moderar aumentos, mas itens como carne, café e cacau seguem pressionados por oferta global restrita, secas, custos elevados e quebras de safra, mantendo preços domésticos em alta.
Grãos de café

Grãos de café

Pixabay

O presidente dos EUA Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (14) a isenção de tarifas elevadas sobre uma série de produtos agrícolas essenciais, em uma tentativa de aliviar os preços dos alimentos nos supermercados norte-americanos. A decisão ocorre em meio à crescente pressão política provocada pelo encarecimento de itens básicos da cesta de consumo.

Produtos isentos das tarifas

Segundo a Casa Branca, a medida remove tarifas adicionais de produtos como:

  • Carne Bovina (diversos cortes e preparações)
  • Café (em grão, torrado ou descafeinado)
  • Banana e banana-da-terra
  • Açaí (fruta, suco e preparações)
  • Nozes e Castanhas (incluindo Castanha-do-brasil e Castanha de Caju)
  • Cacau e Chocolate (grão, pasta, manteiga e pó)
  • Frutas Tropicais (como Manga, Goiaba, Abacaxi e Mamão)
  • Especiarias (incluindo Pimenta, Baunilha, Canela, Gengibre e Cravo)
  • Coco e Óleo de Coco
  • Fertilizantes
  • Minérios e Metais (como Manganês, Cobalto, Alumínio, Zinco, Cobre, Prata e Ouro)
  • Produtos Químicos e Farmacêuticos
  • Borracha Natural e Madeira
  • Combustíveis Minerais: Carvão, Coque, Linhito (Lignite), Petróleo (em certos tipos) e Gás Natural Liquefeito.

As isenções representam um recuo parcial na política tarifária da administração, adotada para pressionar parceiros comerciais, mas que acabou elevando preços domésticos.

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Pressão inflacionária e reação política

As tarifas implementadas no início do ano vinham encarecendo insumos importados e pressionando toda a cadeia de abastecimento. Distribuidores de carne bovina, café, chocolate e outros itens comuns já haviam repassado aumentos aos consumidores, intensificando o desgaste político do governo.

A reversão ocorre um dia após Trump fechar novos acordos comerciais com Argentina, Guatemala, El Salvador e Equador. Os acertos impuseram tarifas de 10% a 15% sobre grande parte das importações desses países, mas também eliminaram tarifas de produtos que os EUA não produzem em quantidade suficiente, como café e bananas.

Impacto no custo dos alimentos

Os preços dos alimentos têm subido de forma consistente. Dados do Índice de Preços ao Consumidor mostram alta de 2,7% nos preços de alimentos para consumo doméstico em setembro, na comparação anual. Especialistas avaliam que a isenção tarifária pode ajudar a moderar parte dos aumentos, embora fatores externos — como clima e oferta global — continuem influenciando itens como café e carne bovina.

A seguir, os impactos por setor:

Carne bovina

A isenção acontece após meses de escalada nos preços da carne. Tarifas sobre grandes fornecedores — incluindo Brasil, Austrália, Nova Zelândia e Uruguai — elevaram custos de importação e reduziram a oferta, justamente quando o rebanho americano atingiu o menor nível em quase 75 anos.

Produtores enfrentam seca, aumento de custos de ração e impactos de tarifas sobre fertilizantes e metais. Os preços da carne bovina crua subiram entre 12% e 18% em setembro, segundo o governo.

Café

O preço do café torrado e moído atingiu US$ 8,41 por libra em julho, um recorde e alta de 33% em relação ao ano anterior. A tarifa de 50% sobre o café brasileiro — principal fornecedor do mercado americano — encareceu toda a cadeia de produção e elevou custos ao consumidor final.

Segundo a Tax Foundation, 74% das importações de alimentos já estavam sujeitas a tarifas antes das isenções anunciadas.

Cacau

O mercado global de cacau segue pressionado por três anos de quebras de safra na Costa do Marfim e Gana. Mesmo após quedas recentes, os contratos futuros ainda estão mais que o dobro dos níveis pré-pandemia.

A Hershey projeta entre US$ 160 milhões e US$ 170 milhões em despesas com tarifas apenas em 2025, somadas aos preços recordes das amêndoas de cacau. O chocolate no varejo subiu quase 30% às vésperas do Halloween.

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