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CNI: retirada de tarifa de 10% amplia urgência para eliminar sobretaxa; Fiemg aponta ‘dúvidas relevantes’
Publicado 15/11/2025 • 15:44 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 15/11/2025 • 15:44 | Atualizado há 4 horas
KEY POINTS
CNI/Divulgação
Tarifaço atingiu exportações brasileiras
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a retirada pelos Estados Unidos da tarifa recíproca de 10% para uma ampla lista de produtos agrícolas a todos os países expõe a urgência de o Brasil avançar nas negociações para eliminar a sobretaxa de 40% aplicada exclusivamente aos exportadores brasileiros.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, calcula que o ajuste na política de tarifas norte-americanas oficializada em decreto nesta sexta-feira melhora a posição de competidores internacionais, enquanto setores tradicionais do Brasil seguem enfrentando barreiras elevadas.
“Países que não enfrentam essa sobretaxa terão mais vantagens que o Brasil para vender aos americanos. É muito importante negociar o quanto antes um acordo para que o produto brasileiro volte a competir em condições melhores no principal destino das exportações industriais brasileiras”, diz Alban.
Segundo análise preliminar divulgada pela entidade, a decisão do governo dos EUA de zerar a tarifa global de 10% atinge 238 produtos agrícolas e beneficia diretamente 80 itens efetivamente exportados pelo Brasil. Em 2024, esses produtos somaram US$ 4,6 bilhões (cerca de R$ 24,3 bilhões, na cotação atual) em vendas aos americanos, cerca de 11% do total exportado. No entanto, apenas três tipos de suco de laranja e a castanha-do-pará ficam completamente isentos de taxação. Os demais continuam sujeitos à cobrança dos 40%.
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A CNI destaca que produtos de forte peso na pauta comercial, como café não torrado, carne bovina e cera de carnaúba, tiveram redução parcial da carga total, mas seguem submetidos à alíquota extra. “Os outros 76 produtos permanecem com os 40% específicos ao Brasil”, aponta o levantamento. Isso significa que, apesar do alívio na tarifa recíproca global, a competitividade brasileira em segmentos estratégicos continua limitada.
A decisão americana ocorre em um contexto de forte pressão doméstica sobre o governo Trump para reduzir o custo de vida nos EUA. O decreto publicado pela Casa Branca, com efeito retroativo, zera tarifas sobre carne bovina, banana, café, tomate, frutas tropicais e outros itens agrícolas, devido ao caráter global da medida.
O governo brasileiro tem buscado reverter a sobretaxa de 40% por meio de negociações diplomáticas bilaterais. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reuniu-se em Washington com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, para tratar do tema. Vieira afirmou que “Marco Rubio e os EUA demonstraram interesse em boa relação com o Brasil”, e que aguarda uma resposta oficial a uma proposta brasileira que prevê uma pausa temporária nas tarifas enquanto se inicia uma discussão setorial.
No entendimento da CNI, a dificuldade de acesso competitivo ao mercado americano cresce na medida em que concorrentes passam a operar sob tarifas reduzidas ou zeradas. O Brasil é o principal fornecedor de café arábica aos EUA, por exemplo, mas vê seu produto enfrentar restrições maiores que as aplicadas a Vietnã e Colômbia.
Nos cortes de carne bovina, cenário semelhante se repete. “As condições podem melhorar para competidores internacionais enquanto o Brasil continua penalizado”, afirma a entidade em sua nota.
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) afirmou em comunicado que considera positiva, mas ainda limitada, a redução parcial das tarifas aplicadas pelos EUA a produtos brasileiros. Para a instituição ainda restam dúvidas quanto à medida.
“Embora represente um avanço inicial, persistem dúvidas relevantes entre exportadores mineiros sobre a manutenção da sobretaxa de 40%, o que continua afetando a competitividade de setores como carnes e café, essenciais para a competitividade da indústria mineira”, afirma a federação.
A instituição afirma ainda que a medida não esclarece integralmente o alcance da revisão tarifária, e que seu impacto prático permanece incerto, sobretudo para produtos em que o Brasil é fornecedor essencial ao mercado americano.
O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, afirma que “a decisão mostra disposição ao diálogo, porém é necessário avançar mais para remover todas as barreiras adicionais e restabelecer condições adequadas de competitividade para a indústria mineira”.
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