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Motiva vende 20 aeroportos para grupo mexicano por R$ 11,5 bilhões

Publicado 18/11/2025 • 20:52 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • Transação de R$ 11,5 bilhões envolve a venda de toda a plataforma de aeroportos da Motiva para o grupo ASUR
  • Operação depende de aval da Anac, órgãos concorrenciais e reguladores internacionais, com conclusão prevista para 2026
  • Empresa afirma que venda reduz endividamento, simplifica portfólio e reforça capacidade de investimento em rodovias e trilhos

Divulgação/Motiva

Aeroporto de Belo Horizonte está entre os 20 negociados.

A Motiva anunciou nesta terça-feira (18) a venda de 100% de sua plataforma de aeroportos para a Aeropuerto de Cancún, subsidiária do Grupo Aeroportuario del Sureste (ASUR), por R$ 11,5 bilhões. O pacote inclui 20 aeroportos na América Latina, sendo 17 no Brasil e três em outros países. Entre eles, está o Aeroporto de Belo Horizonte.

O valor da transação envolve R$ 5 bilhões referentes às participações acionárias da Motiva nos ativos e R$ 6,5 bilhões em dívidas líquidas associadas às operações. A venda contempla a totalidade das ações detidas pela empresa na CPC Holding, veículo que consolida as cotas nos 20 aeroportos.

Segundo a companhia, trata-se da maior operação aeroportuária atualmente em curso no mundo. O processo competitivo, de alcance internacional, recebeu manifestações de interesse de mais de 20 grupos da Europa, América Latina e Ásia.

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A conclusão da operação depende da verificação de condições precedentes, nomeadamente da aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), bem como de credores, além das aprovações regulatórias nas restantes jurisdições onde a Motiva Aeroportos detém operações.

Até o fechamento da transação, previsto para 2026, a Motiva continuará responsável pelas operações, mantendo o quadro atual de colaboradores e cumprindo integralmente os contratos e investimentos assumidos.

A empresa afirma que a venda faz parte da estratégia de simplificação do portfólio e reciclagem de capital prevista no plano Ambição 2035, que prioriza crescimento rentável e alocação seletiva de recursos. O CEO Miguel Setas disse que a operação reforça a capacidade de investimento em segmentos considerados estratégicos, como rodovias e trilhos.

Os ativos foram precificados a um múltiplo de 8,8 vezes o EBITDA dos últimos 12 meses, acima do múltiplo atual da Motiva. Os recursos serão usados para reduzir o endividamento da holding. Após a conclusão, a alavancagem consolidada deve cair de 3,5 vezes para menos de 3 vezes, segundo a empresa, o que aumentaria a capacidade financeira para participar de um pipeline estimado em R$ 160 bilhões em oportunidades futuras de concessões de infraestrutura.

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A Motiva Aeroportos, agora vendida integralmente, reúne cerca de 45 milhões de passageiros por ano e mais de 200 rotas regulares. Nos últimos 12 meses até o terceiro trimestre de 2025, a divisão registrou R$ 2,96 bilhões em receita líquida, EBITDA de R$ 1,52 bilhão e margem de 51%. No período, foram movimentadas 524 mil toneladas de carga.

A venda sucede outras iniciativas de otimização de portfólio anunciadas pela empresa desde 2023, como a desmobilização da operação de Barcas (RJ) e ajustes na concessão da BR-163/MS, atual Motiva Pantanal.

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