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Regionalização do Pix pode reduzir dependência do dólar no comércio, diz ex-diretor do BC

Publicado 19/11/2025 • 17:52 | Atualizado há 6 horas

KEY POINTS

  • Luiz Awazu Pereira afirmou em webinar da Fundação FHC que a regionalização do Pix pode reduzir a dependência do dólar em transações internacionais e que o sistema pode se tornar infraestrutura de liquidação e pagamento em comércio intrarregional.
  • Awazu disse que o Pix chamou atenção do governo Donald Trump por ser barato, instantâneo e seguro, e afirmou que o republicano observa o sistema “com certa desconfiança por quem quer manter a dominação da própria moeda”.
  • Awazu e Otaviano Canuto comentaram ainda o uso de stablecoins lastreadas em dólar; Awazu afirmou que elas representam uma “dolarização 2.0”, enquanto Canuto disse que a expansão dessas moedas tende a aumentar a demanda por títulos do Tesouro dos EUA.

Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

A estratégia de regionalização do Pix pode ajudar a diminuir a dependência de países do uso do dólar em transações internacionais, avalia Luiz Awazu Pereira, ex-diretor de Política Econômica do Banco Central (BC) e ex-secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda.

Durante webinar da Fundação FHC nesta quarta-feira (19), sobre “A economia internacional e o futuro do dólar”, Awazu afirmou que o Pix tem potencial para ir além do uso doméstico. Segundo ele, o sistema pode “se tornar infraestrutura de liquidação e pagamento em comércio intrarregional”.

Awazu argumenta que o sistema brasileiro passou a chamar atenção do governo Donald Trump por ser uma tecnologia barata, instantânea, segura e com capacidade de expansão regional. Ele afirmou que o republicano observa o Pix “com certa desconfiança por quem quer manter a dominação da própria moeda”, citando que medidas recentes de Trump acabam atuando contra a valorização do dólar ao afetar variáveis fiscais, financeiras, comerciais e políticas.

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Stablecoins e impacto sobre o dólar

No debate, Awazu também comentou o uso de stablecoins — criptomoedas pareadas em ativos estáveis — como possíveis alternativas ao pagamento direto em dólar. Ele destacou, porém, que a tecnologia, embora usada como estratégia pelo próprio governo Trump, representa uma “dolarização 2.0”, já que amplia a demanda por ativos em dólar utilizados como lastro. “Stablecoin em dólar só demanda mais dólar como lastro”, afirmou.

Segundo o ex-diretor do BC, o dólar permanece central na economia global por reunir três funções fundamentais: reserva internacional, meio de liquidação comercial e pilar do sistema financeiro.

Otaviano Canuto, ex-diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) e também ex-secretário de Assuntos Internacionais da Fazenda, reforçou no evento que a expansão de stablecoins lastreadas na moeda norte-americana tende a aumentar a procura por títulos do Tesouro dos EUA, fortalecendo ainda mais o papel do dólar.

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