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Líderes da UE e da África discutem comércio e minerais, sob a sombra da Ucrânia
Publicado 24/11/2025 • 08:56 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 24/11/2025 • 08:56 | Atualizado há 3 horas
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Líderes europeus e africanos se reúnem em Angola nesta segunda-feira (24/11) para uma cúpula destinada a aprofundar os laços econômicos e de segurança, com conversas de emergência sobre a Ucrânia também em pauta.
O francês Emmanuel Macron, o alemão Friedrich Merz e o queniano William Ruto estão entre as dezenas de líderes da União Europeia e da África esperados em Luanda, em meio a uma divergência entre os EUA e a Europa sobre um plano de Washington para acabar com o conflito na Ucrânia. As conversas com as nações africanas se concentrarão em comércio, migração e matérias-primas críticas.
No entanto, os líderes da UE focarão inicialmente nos esforços para modificar um esboço de plano do presidente dos EUA, Donald Trump, para parar a guerra da Rússia na Ucrânia, cujas propostas foram vistas a princípio como fortemente inclinadas para as exigências radicais de Moscou.
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Após altos representantes dos EUA e da Ucrânia se encontrarem em Genebra no domingo para conversas sobre uma nova versão da proposta, líderes da UE devem realizar uma “reunião especial” à margem do encontro em Luanda na segunda-feira, disseram autoridades da UE. Há “ainda muito trabalho a ser feito no plano de 28 pontos”, disse o presidente finlandês Alexander Stubb à AFP em Joanesburgo no domingo.
‘Compromissos implementáveis’
O sétimo encontro entre a UE e a União Africana, a cúpula de dois dias em Angola acontece logo após uma reunião do G20 na África do Sul, onde um boicote dos EUA ressaltou as fraturas geopolíticas. O evento marca 25 anos de relações entre a UE e a União Africana — laços que analistas dizem precisar de uma reformulação se a Europa quiser manter seu papel como principal parceiro do continente.
“Os desafios que enfrentamos hoje — mudança climática, transformação digital, migração irregular, conflitos e insegurança — não conhecem fronteiras. A resposta a este mundo multipolar deve ser a cooperação multipolar”, disseram os chefes da UE Ursula von der Leyen e António Costa em um comunicado conjunto na segunda-feira. “Juntos, África e Europa podem liderar o caminho”, afirmaram, acrescentando que os dois blocos visam moldar “um mundo mais justo, mais verde e mais seguro, baseado em valores compartilhados e respeito mútuo”.
A África emergiu como um campo de batalha por seus minerais críticos e potencial energético, com a China, os Estados Unidos e a Rússia também buscando fomentar laços mais fortes.
A UE é a principal fornecedora de investimento estrangeiro direto para o continente e sua maior parceira comercial. O comércio de bens e serviços atingiu 467 bilhões de euros (US$ 538 bilhões) em 2023, de acordo com Bruxelas.
Os estados do Golfo e a Turquia também fizeram avanços significativos, concedendo às nações africanas poder de barganha com a UE, disse Geert Laporte do ECDPM, um think tank europeu. “Não temos mais aquela situação em que a Europa era a única parceira”, disse ele.
Observadores dizem que a Europa precisa investir em infraestrutura, energia e projetos industriais geradores de empregos na África, e se afastar de declarações grandiosas de apoio. “A África não procura novas declarações, mas compromissos credíveis e implementáveis”, disse o porta-voz da UA, Nuur Mohamud Sheekh.
Minerais e credibilidade
Impulsionar o comércio provavelmente será uma prioridade máxima, enquanto as tarifas dos EUA fustigam ambos os continentes. Espera-se que a UE ofereça expertise para ajudar a fortalecer o comércio intra-africano, que atualmente representa irrisórios 15% do total global, disseram diplomatas.
O bloco também buscará garantir minerais críticos necessários para sua transição verde e aliviar a dependência da China para terras raras, essenciais para tecnologia e bens eletrônicos. O grupo de 27 nações provavelmente apresentará novos investimentos sob o Global Gateway — um plano maciço de infraestrutura que Bruxelas espera que possa contrapor a crescente influência da China.
Angola, anfitriã da cúpula, abriga um dos empreendimentos emblemáticos da UE: o corredor do Lobito, um projeto ferroviário financiado em parceria com os Estados Unidos para conectar áreas ricas em minerais da República Democrática do Congo e da Zâmbia à costa do Atlântico.
Diplomatas da UE têm se esforçado para apresentar tais projetos como de benefício mútuo. Mas críticos retrucam que o esquema repete algumas práticas coloniais extrativistas e ainda não entregou melhorias significativas para as comunidades locais.
“A credibilidade da Europa agora depende de sua capacidade de apoiar a entrega de projetos que criem valor na África, não apenas visibilidade para Bruxelas”, disse Ikemesit Effiong, da consultoria SBM Intelligence, sediada na Nigéria.
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