Singapura ocupa o 1º lugar na competição mundial por mão de obra ágil

ingapura assumiu a liderança no mais recente Índice Global de Competitividade de Talentos (GTCI) e supera a Suíça, graças à sua capacidade de cultivar uma mão de obra ágil, com domínio digital e pronta para a inovação na era da inteligência artificial.

É a primeira vez que Singapura chega à liderança deste ranking anual, lançado pelo INSEAD em 2013 para servir de referência à reflexão política sobre os mercados e a organização do trabalho, bem como sobre os fluxos de talentos.

As economias europeias de alta renda continuam a ocupar os dez primeiros lugares nesta edição; contudo, o GTCI 2025 também destaca o recuo no ranking de várias grandes economias, notadamente os Estados Unidos, que caíram da 3ª para a 9ª posição.

Sob o tema “A resiliência na era da disrupção”, o GTCI 2025 (o 11º desde 2013) examina a maneira como as nações e economias implementam mecanismos de gestão de talentos capazes de resistir às perturbações. O ranking das 135 economias baseia-se em 77 indicadores, incluindo soft skills e a concentração de talentos em inteligência artificial, distribuídos em seis dimensões: ambiente propício, capacidade de atrair talentos, de desenvolvê-los, de retê-los, bem como o nível de competências técnicas e profissionais e de competências gerais e adaptativas.

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“A verdadeira resiliência dos talentos consiste em transformar a adversidade em um catalisador de inovação, adaptabilidade e motivação renovada”, declarou Felipe Monteiro, diretor acadêmico do GTCI e professor de estratégia no INSEAD.

“A resiliência não é apenas saber se recuperar de choques e crises inevitáveis, é também aprender a dar a volta por cima.”

Lily Fang, reitora de pesquisa e inovação do INSEAD, acrescentou: “O relatório deste ano é muito mais do que um relatório sobre a corrida entre as nações. Ele oferece aos tomadores de decisão caminhos de reflexão essenciais sobre como integrar tecnologias poderosas, como a inteligência artificial, a serviço do progresso humano.”

O ranking deste ano marca também o lançamento de uma nova parceria entre o INSEAD e o Portulans Institute, um organismo de pesquisa sem fins lucrativos sediado em Washington.

“Esta colaboração traz uma nova profundidade e clareza ao GTCI em um momento em que a rápida evolução tecnológica, a incerteza geopolítica e as profundas transições sociais tornam as medidas confiáveis de talentos mais essenciais do que nunca”, declarou Rafael Escalona Reynoso, diretor-geral do Portulans Institute.

Os trunfos de Singapura

Singapura se destaca no último ranking pela evolução constante de seu sistema educacional e por sua abordagem prospectiva na formação de uma mão de obra adaptável e voltada para a inovação, segundo o relatório GTCI.

A cidade-Estado foi classificada em primeiro lugar em termos de habilidades gerais de adaptabilidade, ou seja, uma mão de obra dotada das competências pessoais, da cultura digital e do espírito de inovação exigidos pelo cenário de rápida evolução atual.

“As economias que cultivam uma mão de obra adaptável, multifuncional e com domínio da IA tendem a estar mais bem posicionadas para converter perturbações em oportunidades e sustentar a competitividade a longo prazo”, afirmou Paul Evans, professor emérito de comportamento organizacional no INSEAD e coeditor do relatório.

“Os resultados deste ano ressaltam que a competitividade em talentos não depende apenas do nível de renda, mas também da orientação estratégica das políticas, da qualidade das instituições e da mobilização eficaz dos recursos de capital humano.”

Cauê Rigamonti

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