EUA avançam em regulação cripto enquanto Brasil adota modelo mais restritivo, diz executivo da TRM Labs

Em entrevista exibida no Cripto Brasil, o Head Global de Política da TRM Labs, Ari Redbord, afirmou que os Estados Unidos ainda não possuem um regime federal de licenciamento para empresas de criptoativos, ficando atrás de países que estruturaram marcos regulatórios há quase uma década. Segundo ele, o ritmo recente de avanço mostra que o país tenta recuperar terreno e pode até superar outros mercados em qualidade regulatória.

O executivo destacou que Singapura opera com regras claras há quase dez anos, enquanto o Japão foi uma das primeiras jurisdições do mundo a estabelecer um arcabouço completo para o setor. A Europa, com a MiCA, consolidou um modelo que estabelece padrões de segurança e transparência para empresas e investidores.

Para ele, esses países criaram regimes de licenciamento que já atraem empresas globais e consolidam hubs de inovação em blockchain.

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Embora atrasados, os Estados Unidos vivem um momento de avanço. O representante da TRM Labs afirmou que iniciativas recentes — como a chamada Lei Genius e mudanças estruturais na SEC — mostram que o país está construindo seu regime regulatório.

Ele destacou que a SEC agora conta com uma equipe focada especificamente em cripto e que o Tesouro americano também prioriza o tema, o que deve resultar em uma legislação “forte” e em uma implementação mais rigorosa.

O executivo reforçou que a intenção do novo modelo americano não é sufocar inovação, mas permitir que o ecossistema floresça. Ele argumentou que a qualidade da legislação dependerá não apenas das regras aprovadas, mas da forma como forem implementadas pelas autoridades.

Na avaliação do especialista, os EUA devem aprovar legislação ainda no primeiro ano do governo atual e consolidar uma estrutura de mercado no início do próximo. Para ele, isso representa um avanço significativo, especialmente para um país que demorou a entrar no debate regulatório.

Nathalia Fruchi

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