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Lenovo fecha novo contrato com a Petrobras e busca ganhar mercado de informática no Brasil

Publicado 03/12/2025 • 07:31 | Atualizado há 23 minutos

KEY POINTS

  • A Lenovo fechou um novo contrato de R$ 150 milhões com a Petrobras para fornecer 2,5 mil computadores, workstations, GPUs e racks — incluindo chips Nvidia — que serão integrados ao supercomputador Harpia; é o segundo contrato relevante após a venda de cinco supermáquinas por R$ 500 milhões.
  • A empresa ampliará a produção local de workstations e storage no Brasil, buscando reduzir custos e acelerar entregas; as fábricas de Manaus, Indaiatuba e Jaguariúna sustentam investimentos de R$ 950 milhões em P&D desde 2012.
  • O mercado brasileiro de computadores de alta performance saltou de 14,6 mil unidades (2019) para 58,3 mil (2024), enquanto setores como óleo e gás, finanças e indústria podem movimentar US$ 800 milhões; no storage, o faturamento deve subir de US$ 260 milhões para US$ 323 milhões até 2029.

Sede da Lenovo

Wikipedia

A multinacional chinesa Lenovo fechou um novo contrato, no valor de R$ 150 milhões, com a Petrobras para fornecer computadores e outros equipamentos de alta capacidade (as chamadas workstations, no jargão do setor de informática). Ao todo, serão entregues 2,5 mil computadores, dispositivos móveis, unidades de processamento (GPUs) e racks para o data center da petroleira. Os itens incluem chips da Nvidia.

Este é o segundo grande contrato da Petrobras obtido recentemente pela Lenovo, que venceu editais públicos. No acordo anterior, avaliado em R$ 500 milhões, a fabricante acertou a venda de um pacote de cinco supercomputadores. O maior deles, batizado de Harpia, entrou em operação em outubro. Ele tem 50 toneladas e capacidade equivalente a 200 mil notebooks.

“Os novos computadores e demais equipamentos serão utilizados junto com o Harpia”, afirmou o diretor-geral de Produtos e Infraestrutura da Lenovo no Brasil, Erick Pascoalato, em entrevista coletiva nesta terça-feira (2), durante a apresentação do plano de negócios do grupo.

A Lenovo possui três fábricas no Brasil — Manaus (AM), Indaiatuba (SP) e Jaguariúna (SP). Nesta última, são produzidos 14 milhões de celulares por ano da marca Motorola, que faz parte do grupo. A empresa afirma ter investido R$ 950 milhões em P&D nos últimos 12 anos e emprega 2,1 mil funcionários no país.

Agora, a companhia está incluindo na produção local a nova linha de workstations voltada ao público empresarial, com os modelos P2 Tower Gen 2, P3 Tower Gen 2 e ThinkPad P16v Gen 3, todos com chips Nvidia — o mesmo tipo fornecido à Petrobras.

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“A nova linha passará a ser produzida aqui para redução de custos, ganho de escala e maior velocidade de entregas”, disse o gerente de Desenvolvimento de Produto, Daniel Bittencourt.

Crescimento do mercado de computadores de alta capacidade

O mercado brasileiro de máquinas de alta performance cresceu de 14,6 mil unidades vendidas em 2019 para 58,3 mil em 2024. O salto reflete a digitalização da economia e a demanda crescente por equipamentos capazes de lidar com grandes volumes de dados e inteligência artificial.

Segundo a Lenovo, há espaço para continuidade do crescimento pelos próximos dez anos, ainda que em ritmo menor. Com isso, a empresa mira setores como:

  • óleo e gás
  • engenharia e arquitetura
  • indústria de transformação
  • bancos
  • mídia e entretenimento
  • educação superior

Juntos, esses segmentos têm potencial para movimentar US$ 800 milhões em workstations. “São setores extremamente estratégicos e com crescimento bastante acelerado”, afirmou Bittencourt.

Avanço no mercado de armazenamento (storage)

Outro foco da Lenovo no Brasil é o mercado de storage, voltado ao armazenamento corporativo de dados. O faturamento do setor deve subir dos atuais US$ 260 milhões para US$ 323 milhões até 2029. A expansão se deve à maior necessidade de infraestrutura própria para guardar informações de operações empresariais.

“Dado é o novo ouro. E ninguém guarda ouro em qualquer lugar”, afirmou Marcos Café, diretor de Soluções de Armazenamento da Lenovo na América Latina. Segundo ele, diversas companhias voltaram a optar por servidores próprios para ampliar autonomia, segurança e reduzir a dependência de terceiros.

A Lenovo entrou nesse mercado em 2018 e pretende alcançar a liderança em 2027. Nos últimos anos, vem registrando crescimento na casa dos dois dígitos, atendendo empresas que usam seus equipamentos para bancos de dados, backup, computação de alto desempenho, streaming de áudio e vídeo, vigilância por câmeras, entre outras aplicações.

Assim como nas workstations, a companhia também está trazendo ao país uma nova linha de equipamentos de storage — chamada Storage de Series — com produção que passará a ser local, atendendo desde pequenas até grandes empresas.

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