A Time anunciou que a Pessoa do Ano não será um indivíduo, mas um grupo: os “arquitetos da inteligência artificial”, executivos que moldaram o avanço da tecnologia em 2025. A revista reuniu líderes como Jensen Huang (NVIDIA), Elon Musk, Dario Amodei (Anthropic), Lisa Su (AMD), Mark Zuckerberg (Meta) e outros nomes centrais do setor.
A capa traz uma montagem inspirada na fotografia clássica de 1932, registrada por Charles Ebbets, que mostra operários almoçando sobre uma viga suspensa em Nova York. Desta vez, quem aparece “sobre o andaime” são os bilionários da tecnologia — em uma analogia ao fato de que estão construindo o “novo arranha-céu” da economia global: a inteligência artificial.
Em entrevista à CNBC, o editor da Time explicou que a decisão de não incluir o presidente dos EUA no topo da lista reflete a escolha de privilegiar figuras diretamente envolvidas na revolução tecnológica da IA. Ele ressaltou que, embora presidentes já tenham ocupado o posto em várias edições, a relevância econômica da IA em 2025 superou qualquer outro tema.
Os apresentadores destacaram que a montagem não sugere risco ou instabilidade, mas sim construção e liderança. Compararam o impacto atual da IA ao crescimento vertical de Nova York no século XX — uma força estruturante de transformação econômica. Eles também comentaram o equilíbrio da lista: embora a NVIDIA tenha ultrapassado US$ 5 trilhões em valor de mercado, a decisão de incluir vários nomes evita concentrar o reconhecimento apenas em Jensen Huang.
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Em tom leve, o canal brincou que Donald Trump provavelmente não gostou da escolha, lembrando que o ex-presidente já reclamou publicamente por não receber prêmios como o Nobel da Paz.
Outro ponto citado foi a presença de duas mulheres entre os líderes retratados — um sinal de mudanças graduais na alta cúpula do setor de tecnologia. Apesar das rivalidades, os comentaristas lembraram que as empresas retratadas são profundamente interdependentes: a NVIDIA fornece chips para múltiplos players; Meta e Musk competem, mas dependem de fornecedores comuns; Oracle, OpenAI e outras grandes companhias têm acordos cruzados.
São, como brincaram, “frenemies”: competidores que também precisam um do outro para que o ecossistema avance.
No fim, os apresentadores disseram que, ao contrário dessa disputa acirrada dos bastidores da IA, “no canal, pelo menos, todo mundo é amigo”.
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