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Justiça diz que Tesla fez propaganda enganosa sobre carros autônomos; entenda

Publicado 17/12/2025 • 05:00 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • Juiz da Califórnia considerou enganosa a divulgação dos sistemas Autopilot e Full Self-Driving, ao entender que a Tesla sugeriu, de forma incorreta, que os veículos eram totalmente autônomos
  • Regulador deu 90 dias para a Tesla corrigir ou retirar alegações de marketing, antes de aplicar uma possível suspensão de até 30 dias das licenças de venda no estado; a licença de fabricação foi preservada
  • Apesar da decisão, ações da Tesla fecharam em alta histórica, sustentadas pelo otimismo do mercado com os planos da empresa para robotáxis e expansão da tecnologia de direção autônoma

Foto por KEVIN DIETSCH / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Elon Musk, CEO da Tesla

Um juiz administrativo da Califórnia concluiu que a Tesla praticou propaganda enganosa ao divulgar seus sistemas de assistência ao motorista Autopilot e Full Self-Driving (FSD), ao sugerir que os veículos seriam capazes de operar de forma totalmente autônoma. A decisão abre caminho para a suspensão temporária das licenças da montadora no estado, segundo informou o Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia (DMV).

De acordo com o órgão regulador, a decisão prevê a suspensão por até 30 dias das licenças de venda e fabricação de veículos da Tesla na Califórnia. No entanto, o DMV anunciou que vai adiar a aplicação da penalidade, concedendo à empresa 90 dias para corrigir ou retirar alegações consideradas enganosas em seus materiais de marketing.

“O regulador dará à Tesla a oportunidade de esclarecer ou remover qualquer linguagem confusa ou enganosa antes de implementar a suspensão da licença de vendas”, afirmou Steve Gordon, diretor do DMV da Califórnia, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (16).

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A agência informou ainda que a suspensão da licença de fabricação será temporariamente suspensa, o que evita qualquer paralisação nas operações industriais da Tesla no estado.

Acusações vêm desde 2022

As acusações formais de publicidade enganosa contra a Tesla foram apresentadas pelo DMV ainda em 2022. Segundo o regulador, os termos “Autopilot” e “Full Self-Driving” levavam consumidores a acreditar que os veículos poderiam dirigir sozinhos, quando, na prática, os sistemas exigem que o motorista permaneça atento, com as mãos no volante e pronto para intervir a qualquer momento.

Desde então, a empresa alterou o nome de sua opção premium para “Full Self-Driving (Supervised)”, em uma tentativa de reforçar que se trata de um sistema supervisionado e não totalmente autônomo. A Tesla não comentou a decisão.

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Apesar do revés regulatório, as ações da Tesla fecharam em nível recorde nesta terça-feira. O movimento foi impulsionado principalmente pelo otimismo de investidores com os planos da companhia para o lançamento e expansão de seus robotáxis, uma das principais apostas estratégicas da empresa liderada por Elon Musk.

A decisão, no entanto, mantém a Tesla sob forte apuração regulatória em um dos seus principais mercados e reacende o debate sobre limites de marketing, segurança e transparência na corrida pelos veículos autônomos.

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