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Biden bloqueia aquisição da U.S. Steel pela japonesa Nippon Steel, citando segurança nacional
Publicado 03/01/2025 • 14:36 | Atualizado há 8 meses
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Publicado 03/01/2025 • 14:36 | Atualizado há 8 meses
KEY POINTS
Joe Biden
Estadão Conteúdo
O presidente Joe Biden anunciou oficialmente nesta sexta-feira (3) o bloqueio da aquisição da U.S. Steel pela japonesa Nippon Steel, cumprindo sua promessa de manter sob controle doméstico uma empresa industrial com mais de um século de história.
Biden afirmou que a proposta de aquisição, avaliada em US$ 14,9 bilhões, colocaria uma das maiores produtoras de aço dos Estados Unidos sob controle estrangeiro, representando um risco às cadeias de suprimentos críticas do país.
“A ação de hoje reflete meu compromisso inabalável de utilizar todas as autoridades disponíveis para defender a segurança nacional dos Estados Unidos, incluindo garantir que empresas americanas continuem desempenhando um papel central em setores críticos para nossa segurança nacional”, disse Biden em comunicado.
As ações da U.S. Steel abriram o pregão em queda de mais de 7% após o anúncio do presidente. A decisão de Biden ocorre após uma análise de meses realizada pelo Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos.
O sindicato United Steelworkers opôs-se veementemente à aquisição pela Nippon desde que foi anunciada em dezembro de 2023. Biden já havia sinalizado, em março de 2024, que pretendia barrar a venda, alinhando-se à oposição do sindicato ao acordo.
A decisão de Biden de bloquear o negócio reflete uma guinada bipartidária em direção ao protecionismo nos EUA, com democratas e republicanos buscando manter o controle doméstico de indústrias estratégicas à medida que as tensões geopolíticas aumentam no mundo.
O presidente eleito Donald Trump também se posicionou contra o acordo.
A decisão de Biden demonstra que até mesmo aliados próximos, como o Japão, não estão imunes à crescente onda de protecionismo. Tóquio é peça central nos esforços de Washington para conter as ambições da China na região do Indo-Pacífico.
Tanto a U.S. Steel quanto a Nippon afirmaram que o acordo seria a melhor forma de manter a competitividade da empresa, revitalizar comunidades na região industrial dos EUA e fortalecer a segurança nacional. O CEO da U.S. Steel, David Burritt, alertou anteriormente que a empresa provavelmente fechará fábricas caso o acordo fracasse.
Nem a U.S. Steel nem a Nippon Steel responderam imediatamente aos pedidos de comentário da CNBC.
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