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Agenda ambiental termina 2025 fragilizada, diz especialista

Publicado 17/12/2025 • 22:04 | Atualizado há 12 horas

KEY POINTS

  • Agenda ambiental global perde força em 2025, marcada por retrocessos, tensões geopolíticas e enfraquecimento da governança, apesar da manutenção do diálogo diplomático
  • Europa recua em metas ambientais históricas, adota postura mais pragmática e prioriza segurança energética, refletindo uma geopolítica cada vez mais centrada no poder
  • Brasil surge como ator bem posicionado no rearranjo global, com vantagens em energia renovável, minerais críticos e friend-shoring, mas enfrenta riscos de excesso de investimentos em data centers impulsionados pela corrida da IA

O ano de 2025 termina com uma agenda ambiental marcada por retrocessos, tensões geopolíticas e enfraquecimento da governança global. É o que afirma Carlo Pereira, especialista em sustentabilidade e comentarista do Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, ao analisar os principais fóruns internacionais e as perspectivas para 2026.

Segundo ele, o contexto internacional tornou os avanços mais difíceis. Para o especialista, o mundo vive uma combinação de disrupção nas cadeias produtivas e quase colapso da governança global, o que limita resultados concretos, mesmo quando o papel diplomático é bem desempenhado.

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Nesse cenário, o Brasil teve atuação relevante, mas os desdobramentos ficaram aquém do esperado. Ainda assim, Pereira destaca um ponto positivo em meio às dificuldades: a manutenção do diálogo internacional. “A gente conseguiu manter a diplomacia viva. Me parece que isso é um ponto importante. Apesar do quase colapso, ainda está viva”, disse, ao citar a declaração do embaixador André Corrêa do Lago no contexto da COP 30.

Para o especialista, um dos principais sinais de mudança em 2025 foi o recuo da Europa em pautas ambientais historicamente lideradas pelo bloco.

Entre os exemplos, Pereira citou o enfraquecimento da due diligence de sustentabilidade, o recuo na lei antidesmatamento e a paralisação da proibição de carros a combustão a partir de 2035. O movimento reflete, segundo ele, uma mudança de eixo global. “A eficiência deixou de ser o foco […] e volta então uma geopolítica centrada no poder”, avaliou.

Esse novo contexto leva governos e empresas a adotarem uma postura mais pragmática, especialmente em temas como transição energética. “A gente gozou de um período progressista com relação à agenda ambiental […] e a gente deixou de ter esse bônus. Agora a gente vai para um pragmatismo muito grande”, disse.

Apesar disso, ele lembra que fatores econômicos seguem favorecendo fontes limpas. “Hoje em dia, na maior parte dos países, em mais de 90% dos países, é mais barato do que geração fóssil”, afirmou, ao tratar de energia solar e eólica.

Em meio ao rearranjo geopolítico, Pereira avalia que o Brasil aparece como um dos países mais bem posicionados. “O Brasil é um país que não tem problema com ninguém”, pontuou. Além disso, reúne atributos estratégicos valorizados globalmente, como minerais críticos, energia renovável e capacidade de inserção em cadeias produtivas reconfiguradas.

O especialista citou o chamado friend-shoring como oportunidade para o país e defendeu que esse potencial seja usado de forma estratégica. “O Brasil tem tudo isso para compartilhar. Agora tem que ir de maneira bastante inteligente […] para que consiga desenvolver, sem dúvida nenhuma, a sua população”, afirmou.

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O avanço da inteligência artificial e da infraestrutura digital também esteve no centro da análise. Pereira alertou para o risco de uma bolha na expansão de data centers, impulsionada pela corrida global por capacidade computacional. “Essa bolha na infraestrutura de data center, ela pode acontecer”, disse.

Segundo ele, algumas estruturas financeiras associadas ao setor já são preocupantes. “A gente vê hoje algumas estruturações financeiras que são meio temerárias com relação à data center”, afirmou. Ele acrescentou que pode haver excesso de capacidade instalada em relação à demanda real.

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