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ONGs crescem, pagam melhor e já rivalizam com empresas no mercado de trabalho

Publicado 18/12/2025 • 12:13 | Atualizado há 12 horas

KEY POINTS

  • As fundações privadas e associações sem fins lucrativos pagaram, em 2023, salários maiores que o de empresas.
  • Os trabalhadores das fundações e associações recebiam, em média, R$ 3.630,71, o que correspondia a 2,8 salários mínimos.
  • Os dados fazem parte de um levantamento divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

As fundações privadas e associações sem fins lucrativos pagaram, em 2023, salários médios superiores aos das empresas, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os trabalhadores dessas entidades receberam, em média, R$ 3.630,71, o equivalente a 2,8 salários mínimos, enquanto as empresas privadas pagaram, em média, 2,5 salários mínimos. No mesmo período, o salário mínimo médio ficou em R$ 1.314,46.

Tanto as instituições sem fins lucrativos quanto as empresas apresentaram remuneração média inferior à da administração pública, que pagou cerca de 4 salários mínimos em 2023.

Leia também: Governo confirma novo valor do salário mínimo; veja como fica

Os dados fazem parte de um estudo que traça uma radiografia das Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (Fasfil) no Brasil, com base em informações do Cadastro Central de Empresas do IBGE (Cempre). O levantamento é realizado desde 2002, mas, devido a mudanças metodológicas, os dados de 2023 só podem ser comparados aos de 2022.

O IBGE explica que são classificadas como Fasfil as associações comunitárias, fundações privadas, entidades religiosas e instituições educacionais e de saúde sem fins lucrativos. Ficam fora desse universo sindicatos, partidos políticos, condomínios e órgãos paraestatais, como o Sistema S.

Quase 600 mil entidades

Entre 2022 e 2023, o número de fundações privadas e associações sem fins lucrativos cresceu 4%, passando de 573,3 mil para 596,3 mil unidades. Esse contingente representa cerca de 5% do total de organizações do país, que somam 11,3 milhões, incluindo empresas e órgãos públicos.

As Fasfil empregavam 2,7 milhões de pessoas, o equivalente a 5,1% dos trabalhadores brasileiros, e responderam por 5% da massa salarial do país.

Ranking de remuneração média (em salários mínimos)

  • Administração pública: 4,0 s.m.
  • Fundações privadas e associações: 2,8 s.m.
  • Entidades sem fins lucrativos (outros tipos): 2,6 s.m.
  • Entidades empresariais: 2,5 s.m.
  • Total dos trabalhadores: 2,8 s.m.

Atividades e emprego

Pouco mais de um terço (35,3%) das Fasfil são entidades religiosas, somando 210,7 mil unidades. Em seguida aparecem:

  • Cultura e recreação: 89,5 mil
  • Desenvolvimento e defesa de direitos: 80,3 mil
  • Associações patronais e profissionais: 69,5 mil
  • Assistência social: 54 mil
  • Educação e pesquisa: 28,9 mil
  • Habitação: 626
  • Outros ramos: 49,1 mil

Do total de trabalhadores das Fasfil, 41,2% atuam na área da saúde, maior empregadora do setor, com cerca de 1,1 milhão de pessoas. A área de educação e pesquisa responde por 27,7%, seguida da assistência social (12,7%).

Mulheres são maioria e ganham menos

As mulheres representam 68,9% dos assalariados das Fasfil, proporção bem superior à média nacional, onde elas correspondem a 45,5% do total de trabalhadores. Na educação infantil, chegam a 91,7% da força de trabalho.

Apesar disso, o IBGE identificou que as mulheres recebem, em média, 19% menos que os homens nessas entidades, refletindo a desigualdade salarial de gênero observada no mercado de trabalho brasileiro.

Para o coordenador de Cadastros e Classificações do IBGE, Francisco Marta, o levantamento reforça o peso econômico e social do setor. “Elas complementam as ações do governo em áreas como saúde, educação, assistência social, defesa de direitos e meio ambiente, contribuindo de forma relevante para a riqueza do país”, afirmou.

Porte das entidades

Em média, as Fasfil tinham 4,5 empregados em 2023. No entanto, 85,6% dessas entidades não possuíam nenhum empregado formal, enquanto apenas 0,7% tinham 100 ou mais funcionários.

Os maiores portes médios foram observados em hospitais (269,7 empregados), unidades de saúde (132,5), ensino superior (73,9) e ensino médio (73,8). No outro extremo, as entidades religiosas tinham, em média, 0,6 empregado.

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