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Publicado 06/01/2025 • 10:56
KEY POINTS
Imagem de uma loja da Tesla
Reprodução Pixabay
A Tesla atingiu vendas recordes na China em 2024, com um crescimento de 8,8% em relação ao ano anterior, totalizando mais de 657 mil veículos vendidos. Apenas em dezembro, as vendas cresceram 12,8% em relação ao mês anterior, alcançando 83 mil unidades, segundo dados da Tesla China.
No entanto, analistas alertam que manter esse desempenho em 2025 será difícil devido à intensificação da concorrência com fabricantes locais.
A participação de mercado da Tesla no segmento de veículos elétricos caiu de 7,8% em 2023 para 6% entre janeiro e novembro de 2024, segundo Bill Russo, CEO da Automobility. Ele atribui essa queda à dificuldade da Tesla em acompanhar o ritmo dos concorrentes e ao portfólio de produtos limitado e envelhecido.
Para sustentar as vendas, a Tesla reduziu o preço do seu modelo mais vendido, o Model Y, em 10 mil yuans (cerca de R$ 6,8 mil) no final de dezembro e estendeu um plano de financiamento sem juros por cinco anos até o fim de janeiro. Após o desconto, o Model Y passou a custar 239.900 yuans (cerca de R$ 163 mil), enquanto o sedã Model 3 agora parte de 231.900 yuans (cerca de R$ 158 mil).
Mesmo com os cortes de preços, os modelos da Tesla ainda são significativamente mais caros do que os carros de fabricantes locais, como o BYD Seagull, vendido por 136.800 yuans (R$ 93 mil), e o Yuan Plus, cujo preço inicial é de 96.800 yuans (R$ 66 mil).
A guerra de preços continua em 2025, com montadoras chinesas como a Li Auto oferecendo subsídios de 15 mil yuans (R$ 10,2 mil) por veículo e financiamento sem juros por três anos. A Nio também ampliou um programa semelhante. Além disso, o governo chinês estendeu um programa de incentivos que subsidia consumidores na troca de veículos antigos por modelos novos.
Segundo a Tesla, esses incentivos podem reduzir o preço do Model 3 e do Model Y em até 50 mil yuans (R$ 34 mil). “A Tesla precisa oferecer descontos agressivos para acompanhar a guerra de preços no mercado”, disse Russo.
Enquanto a Tesla se concentra exclusivamente em veículos totalmente elétricos, montadoras chinesas estão lançando novos modelos com inovações tecnológicas, como projetores, refrigeradores embutidos e sistemas avançados de assistência ao motorista.
Analistas destacam que a Tesla está atrasada na adoção de tais recursos e não oferece modelos híbridos ou de autonomia estendida, que são populares entre consumidores preocupados com a transição para carros totalmente elétricos.
O sistema de direção autônoma completo da Tesla ainda depende de aprovação regulatória na China, enquanto concorrentes locais, como a BYD, já tornaram sistemas avançados de assistência ao motorista um padrão em seus veículos.
Elon Musk, CEO da Tesla, alertou que as montadoras chinesas podem “demolir” grande parte da concorrência global sem a imposição de barreiras comerciais. Em resposta, os EUA aplicaram tarifas de 100% sobre veículos elétricos chineses, e a União Europeia introduziu taxas de até 45,3% para proteger suas indústrias locais.
Essas barreiras aumentam a pressão sobre as vendas da Tesla, tanto na China quanto no exterior. No entanto, analistas acreditam que a marca, vista como o “Apple dos carros”, permanecerá relevante. “Tudo o que Musk precisa fazer é baixar os preços em 5%, e isso ajudará a sustentar as vendas”, afirmou Joe McCabe, CEO da AutoForecast Solutions.
Apesar das dificuldades, a Tesla vendeu 93.766 veículos fabricados na China em dezembro, incluindo exportações, uma leve queda de 0,4% em relação ao ano anterior. Por outro lado, a BYD, líder de mercado, registrou vendas de 509.440 carros no mesmo mês, um salto de quase 50% em comparação com o ano anterior.
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