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Ouro rompe US$ 4.500: por que os metais preciosos estão subindo agora
Publicado 24/12/2025 • 11:00 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 24/12/2025 • 11:00 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
O ouro rompeu pela primeira vez o patamar de US$ 4.500 por onça nesta quarta-feira (24), enquanto prata e platina também atingiram máximas históricas, em um movimento impulsionado pela demanda por ativos de proteção, pela expectativa de novos cortes de juros nos Estados Unidos e pelo aumento do interesse especulativo em metais preciosos.
No mercado à vista, o ouro subia 0,1%, a US$ 4.493,76 por onça, após tocar US$ 4.525,19 durante a sessão. Os contratos futuros de ouro nos EUA, com vencimento em fevereiro, avançavam 0,3%, para US$ 4.520,00.
A prata alcançou um recorde histórico de US$ 72,70, sendo negociada em alta de 0,9%, a US$ 72,09 por onça, enquanto a platina chegou a US$ 2.377,50 antes de reduzir os ganhos e subir 0,3%, para US$ 2.282,70. O paládio, por sua vez, recuava 2,5%, para US$ 1.815,25, após atingir o maior nível em três anos.
Em entrevista à CNBC, David Neuhauser, CIO da Livermore Partners, comentou que o rali do ouro ainda não chegou ao fim, mesmo após sucessivos recordes. Segundo ele, investidores continuam a priorizar o metal em um cenário de endividamento crescente, gastos fiscais elevados e pressões inflacionárias persistentes.
Neuhauser destaca que o movimento atual difere de ciclos anteriores. Tradicionalmente, o ouro tende a perder força quando os juros reais sobem, já que o metal não oferece rendimento. No ciclo atual, porém, o ouro tem avançado em paralelo a ativos de risco, como ações, evidenciando um descolamento histórico entre preços do metal e taxas de juros.
Na avaliação do gestor, esse comportamento reflete uma mudança estrutural: investidores estariam exigindo prêmios maiores para financiar governos, diante da percepção de fragilidade fiscal e do risco de desvalorização das moedas fiduciárias ao longo do tempo. Nesse contexto, o ouro passa a ser visto não apenas como proteção tática, mas como reserva de valor frente à erosão monetária.
Embora fatores geopolíticos como tensões envolvendo a Rússia e a Ucrânia ou pressões dos EUA sobre a Venezuela contribuam para momentos pontuais de aversão ao risco, Neuhauser avalia que o rali atual é menos movido por medo imediato e mais por fundamentos construídos ao longo de anos.
Diante desse cenário, o gestor afirma que US$ 5.000 por onça é um alvo plausível no médio prazo, possivelmente em 2026, e não descarta níveis ainda mais elevados no longo prazo, com o metal se consolidando em uma faixa entre US$ 4.000 e US$ 6.000.
O avanço recorde do ouro, da prata e da platina reflete uma combinação rara de fatores macroeconômicos, financeiros e geopolíticos, que reforçam o apelo dos metais como ativos de proteção e reserva de valor.
O principal vetor é a expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos, que reduz o custo de oportunidade de ativos sem rendimento, como o ouro. Com o mercado já precificando afrouxamento monetário em 2026, investidores antecipam esse movimento e ampliam posições em metais preciosos.
Outro fator-chave é a desvalorização do dólar, que torna o ouro mais acessível para compradores internacionais, somada às compras consistentes de bancos centrais, especialmente em mercados emergentes, reduzindo a oferta disponível no mercado.
Ganha força também a narrativa de desvalorização das moedas fiduciárias, impulsionada pelo crescimento da dívida pública global, déficits fiscais elevados e políticas de estímulo prolongadas. Nesse ambiente, o ouro passa a ser visto como um hedge estrutural de longo prazo, e não apenas como proteção contra crises.
No caso da prata e da platina, o rali é reforçado por fundamentos industriais. A prata se beneficia da demanda ligada à energia solar, eletrificação e tecnologia, enquanto a platina encontra suporte em oferta restrita, incertezas tarifárias e uso em catalisadores automotivos.
Por fim, o movimento reflete uma realocação de portfólio global: investidores buscam diversificação diante de valuations elevados em ações, aumentando a exposição a ativos reais, o que explica a alta simultânea de metais preciosos e mercados de risco.
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