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Adeus aos antidepressivos? FDA libera aparelho cerebral doméstico contra depressão e pressiona mercado

Publicado 27/12/2025 • 12:40 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • FDA abre caminho para dispositivos cerebrais domiciliares e desafia o domínio dos antidepressivos.
  • Saúde mental vira fronteira estratégica entre pharma, medtech e plataformas digitais.
Dispositivo de estimulação cerebral para uso domiciliar

Divulgação

A U.S. Food and Drug Administration aprovou um dispositivo de estimulação cerebral para uso domiciliar desenvolvido pela Flow Neuroscience para o tratamento da depressão, criando uma alternativa não farmacológica aos antidepressivos tradicionais – segmento pressionado por efeitos colaterais e perda de patentes.

Segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention, as taxas de depressão nos Estados Unidos cresceram 60% na última década, atingindo mais de 20 milhões de adultos, o que reforça o tamanho da oportunidade para soluções inovadoras em saúde mental.

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O dispositivo FL-100 aplica uma corrente elétrica suave na área do cérebro responsável pela regulação do humor e foi projetado para uso em casa, sob supervisão médica remota. É o primeiro aparelho desse tipo aprovado nos EUA, marcando um avanço regulatório relevante no setor de medtech aplicada à saúde mental.

A autorização da FDA cobre o tratamento de transtorno depressivo maior moderado a grave em adultos a partir de 18 anos, como monoterapia ou em combinação com outros tratamentos, desde que os pacientes não sejam resistentes a medicamentos.

A Flow planeja lançar o produto no mercado americano no segundo trimestre de 2026, como tratamento exclusivamente sob prescrição médica. Segundo a CEO Erin Lee, o preço estimado nos EUA ficará entre US$ 500 e US$ 800. A empresa negocia acordos com seguradoras e espera anunciar parcerias de reembolso no início de 2026, fator crítico para escala comercial.

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O dispositivo já foi utilizado por mais de 55 mil pacientes na Europa, Reino Unido, Suíça e Hong Kong, oferecendo histórico internacional de uso antes da entrada no mercado americano.

A aprovação foi baseada em um estudo clínico de fase intermediária no qual 58% dos pacientes atingiram remissão após 10 semanas, incluindo indivíduos que já estavam em uso de medicamentos ou em terapia. Entre usuários globais, 77% relataram melhora dos sintomas em até três semanas, segundo a empresa.

O protocolo padrão prevê 12 semanas de tratamento, com sessões de 30 minutos, iniciando com cinco aplicações semanais e reduzindo gradualmente a frequência. Os efeitos colaterais foram classificados como leves e temporários, incluindo irritação na pele, dor de cabeça e formigamento. Casos de queimadura foram associados a uso inadequado do dispositivo.

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Mercado de antidepressivos: pressão competitiva e janela para dispositivos

O mercado global de antidepressivos foi avaliado em US$ 22,13 bilhões em 2025 e deve alcançar US$ 30,89 bilhões até 2030, com TCAC de 6,9%, segundo a Mordor Intelligence.

O crescimento é impulsionado por:

  • Medicamentos glutamatérgicos de ação rápida
  • Prescrição de precisão baseada em IA
  • Expansão da telemedicina em saúde mental

A América do Norte lidera a demanda, enquanto a Ásia-Pacífico apresenta o crescimento mais acelerado, com redução do estigma e ampliação da cobertura de seguros.

O ambiente competitivo se intensificou após a Johnson & Johnson adquirir a Intra-Cellular Therapies por US$ 14,6 bilhões, consolidando o antipsicótico CAPLYTA, com potencial de US$ 5 bilhões em vendas máximas.

Outros movimentos estratégicos incluem:

  • Sage Therapeutics e Biogen com a zuranolona, focada em depressão pós-parto;
  • AbbVie, com acordo de licenciamento de US$ 2 bilhões com a Gilgamesh Pharmaceuticals;
  • Lundbeck, que redireciona capital para novos ativos em Fase III.

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Enquanto isso, terapias digitais e modelos híbridos droga-dispositivo, muitas vezes integrados a plataformas de telemedicina — inclusive ligadas à Amazon — passam a disputar espaço com medicamentos tradicionais.

Analistas avaliam que o sucesso dessas soluções dependerá da comprovação de benefício clínico adicional e, sobretudo, da capacidade de garantir reembolso, ponto no qual a aprovação regulatória da Flow pode representar uma vantagem estratégica.ção de benefício clínico adicional e da viabilidade de reembolso, fatores que tornam dispositivos como o da Flow especialmente relevantes no atual ciclo de transformação do cuidado em saúde mental.

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