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Trump afirma que Rússia e Ucrânia estão “muito perto” de um acordo de paz

Publicado 28/12/2025 • 16:21 | Atualizado há 24 minutos

KEY POINTS

  • "Nada é mais importante do que acordo de paz sobre Ucrânia e Rússia", enfatizou, ao lado do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, após recebê-lo para conversa na Flórida.
  • De acordo com o presidente americano, os dois líderes, Putin e Zelensky, querem o acordo.
  • Trump afirmou no domingo que teve uma conversa telefônica “muito produtiva” com o líder russo Vladimir Putin, enquanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy tinha chegada prevista a Mar-a-Lago.

Jim Watson / AFP

O presidente dos EUA, Donald Trump, recebe o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em sua residência Mar-a-Lago em Palm Beach, Flórida, em 28 de dezembro de 2025

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (18) que as negociações para colocar fim à guerra entre Rússia e Ucrânia avançaram após seu encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Flórida. No entanto, reconheceu que ainda existem impasses sobre a questão do território.

“Acho que estamos nos aproximando bastante, talvez muito perto”, disse Trump a jornalistas após sair das negociações. Questionado por um repórter sobre quais questões permaneciam sem solução, Trump disse que se tratava “do território”.

“Parte daquele território já foi tomado”, disse Trump. “Parte daquele território talvez esteja disponível para outros compradores, mas pode ser tomado nos próximos meses, e é melhor fechar um acordo agora.”

Já Zelensky classificou as negociações de paz como uma “discussão realmente excelente”, na qual as garantias de segurança entre os EUA e a Ucrânia foram “100% acordadas”. Trump, no entanto, deu uma estimativa ligeiramente menor quando perguntado sobre essa parte da proposta.

“Concordamos que as garantias de segurança são um marco fundamental para alcançar uma paz duradoura”, disse Zelensky.

O presidente da Ucrânia afirmou ainda que Trump vai sediar reuniões no próximo mês com líderes ucranianos e europeus para dar continuidade ao desenvolvimento do plano de paz.

Trump não deu prazo para acordo

Mais cedo, Trump disse que não há prazo para concluir um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. “Meu prazo é fazer com que a guerra acabe”, respondeu, quando questionado sobre uma data para a conclusão das negociações.

“Nada é mais importante do que acordo de paz sobre Ucrânia e Rússia”, enfatizou, ao lado do presidente ucraniano, após recebê-lo para conversa na Flórida.

Segundo Trump, a negociação é bastante complexa, mas deve seguir. “Estamos animados com a reunião e faremos um acordo de paz. Todos querem que isso aconteça”, afirmou ainda. Segundo ele o acordo de segurança será “forte”, com nações europeias “muito envolvidas”.

Ele disse que há “grande benefício econômico para a Ucrânia” com um eventual acordo de paz e afirmou ainda que o país também fez ataques fortes a Rússia. “Não digo isso de forma negativa”, complementou.

De acordo com o presidente americano, os dois líderes, Putin e Zelensky, querem o acordo. O líder agradeceu aos que acompanhavam o pronunciamento e disse que demais questões serão trazidas ao final da reunião.

Trump assegurou que a Ucrânia contará com “fortes” garantias de segurança caso prospere um plano para pôr fim a guerra iniciada há quatro anos, após a invasão do país pela Rússia.

“Haverá garantias de segurança. Serão fortes. E os países europeus estão muito envolvidos”, disse Trump.

O presidente americano considerou que as negociações estão em sua “fase final”. 

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Zelensky, por sua vez, aproveitou a ocasião para agradecer a recepção de Trump e dizer que as equipes se esforçaram para fazer um rascunho de acordo de paz, que será discutido. “Tivemos equipes Ucrânia-EUA trabalhando juntas, a sequência natural é reunião presencial”, completou.

Dmitriev: Putin aceitou proposta de Trump

O presidente russo, Vladimir Putin, aceitou a proposta do presidente americano, Donald Trump, de seguir finalizando um acordo de paz em relação à Ucrânia, mediante grupos de trabalho conjuntos. É o que informou o assessor de política externa de Putin, Kirill Dmitriev, em publicação no X na tarde deste domingo, 28, em que confirma a ligação telefônica entre os presidentes da Rússia e dos EUA, conforme já havia verbalizado Trump na rede Truth Social.

“Os belicistas estão em pânico total após ligação entre Putin e Trump”, acrescentou Kirill.

Segundo informações da imprensa russa, o telefonema entre Trump e Putin durou uma hora e 15 minutos, e os presidentes também concordaram em criar dois grupos de trabalho para a paz, um focado em questões de segurança, e o outro, em aspectos econômicos.

Conversa produtiva

O presidente Donald Trump afirmou no domingo que teve uma conversa telefônica “muito produtiva” com o líder russo Vladimir Putin, enquanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy tinha chegada prevista a Mar-a-Lago, na mais recente tentativa do presidente americano Donald Trump de pôr fim à guerra entre os dois países.

“Acabei de ter uma conversa telefônica boa e muito produtiva com o presidente Putin da Rússia antes da minha reunião, às 13h de hoje, com o presidente Zelenskyy”, disse Trump em uma publicação no Truth Social .

“Acredito que temos os elementos para um acordo que seja bom para a Ucrânia, bom para todos”, disse Trump após cumprimentar Zelenskyy em breves palavras antes das negociações.

Trump acrescentou que planejava telefonar para Putin novamente após a reunião com Zelenskyy.

Embora Zelenskyy tenha declarado a jornalistas esta semana que uma proposta de paz de 20 pontos está aproximadamente 90% concluída, não está claro se o resultado das negociações de paz seria aceitável para Putin. Os principais obstáculos a um acordo com a Rússia incluem as áreas de Donbass, altamente cobiçadas por Putin, as garantias de segurança dos EUA para a Ucrânia e o status da maior usina nuclear da Europa.

Segundo relatos, Moscou avançou no campo de batalha nos últimos meses, reivindicando o controle de mais regiões do leste da Ucrânia, e seus representantes têm insistido repetidamente para que a Ucrânia abandone toda a região de Donbas, inclusive as partes que ainda estão sob controle de Kiev.

No sábado, a Rússia atingiu a capital da Ucrânia e outras partes do país com centenas de mísseis e drones, causando cortes de energia e aquecimento em algumas áreas da capital, segundo a Reuters. Zelenskyy classificou a ação como uma resposta russa aos esforços de paz mediados pelos Estados Unidos.

A proposta de paz inclui apelos para uma votação na Ucrânia sobre a cessão de território disputado à Rússia, bem como uma “zona econômica livre” desmilitarizada em Donetsk, a capital e maior cidade de parte da região de Donbas.

No domingo, Zelensky mencionou os ataques à infraestrutura energética de seu país em meio aos esforços de paz e indicou que parte de sua motivação era manter a pressão sobre a Rússia, incluindo sanções e fornecimento de tecnologia de defesa para a Ucrânia.

“Estes são alguns dos dias mais movimentados do ano em termos diplomáticos, e muita coisa pode ser decidida antes do Ano Novo”, disse Zelensky na plataforma de mídia social X. “Estamos fazendo tudo nesse sentido, mas a tomada de decisões depende de nossos parceiros — aqueles que ajudam a Ucrânia e aqueles que pressionam a Rússia para que os russos sintam as consequências de sua própria agressão.”

No início do domingo, um funcionário do Kremlin afirmou que os líderes dos EUA e da Rússia estavam alinhados na oposição a um cessar-fogo temporário em meio às negociações e insinuou que a Ucrânia precisava tomar uma “decisão ousada” em relação à região de Donbas para que a guerra terminasse.

“O principal é que os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos compartilham a mesma opinião de que a opção de um cessar-fogo temporário, proposta pelos ucranianos e europeus sob o pretexto de preparar um referendo ou sob outros pretextos, só leva a um prolongamento do conflito”, disse Yuri Ushakov, assessor de política externa do Kremlin, à Reuters.

Em sua postagem no Truth Social, Trump disse que seu encontro com Zelenskyy seria realizado no salão principal de seu resort Mar-a-Lago, com a presença da imprensa.

Em fevereiro, uma reunião entre Trump e Zelenskyy sobre possíveis acordos de exploração mineral entre os países transformou-se em um espetáculo público, com Trump e o vice-presidente JD Vance acusando Zelenskyy de ser “desrespeitoso” com o presidente dos EUA.

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