EUA distribuíram US$ 1,9 tri na pandemia. Agora, Tesouro diz que estímulo gerou inflação
Publicado 08/01/2025 • 16:04 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 08/01/2025 • 16:04 | Atualizado há 4 meses
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Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen.
Wikipedia.
A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, reconheceu nesta quarta-feira (8) que os pacotes de estímulos assinados pelo presidente Joe Biden com o objetivo de impulsionar a recuperação econômica pós-pandemia, podem ter colaborado “um pouco” para o aumento da inflação no país.
Em entrevista ao programa “Money Movers”, da CNBC, que marcou sua saída do cargo, Yellen afirmou que a maior parte da alta generalizada nos preços foi resultado de um fenômeno de oferta, desencadeado pela própria pandemia. “Houve problemas enormes nas cadeias de suprimentos”, disse ela, que também afirmou que a escassez de bens essenciais “aumentou significativamente os preços”.
Questionada sobre eventuais arrependimentos em relação ao pacote de US$ 1,9 trilhão de alívio econômico e outros gastos, Yellen defendeu as medidas, argumentando que eram necessárias para enfrentar a crise sanitária e econômica que estava “fora de controle” no início do governo Biden. Milhares de americanos morriam mensalmente pela Covid-19, enquanto o desemprego ameaçava milhões de vidas. “Era crucial gastar esse dinheiro para aliviar o sofrimento,” disse ela.
Yellen também ressaltou que a administração Biden priorizou a redução do déficit, rebatendo críticas sobre os crescentes déficits federais, que atingiram US$ 1,8 trilhão no último ano fiscal. “O aumento nas taxas de juros elevou os custos de financiamento da dívida existente. Mas os gastos discricionários estão em níveis historicamente baixos,” afirmou.
Sobre propostas de cortes massivos nos gastos públicos, como as defendidas por um grupo consultivo liderado por Elon Musk no chamado Departamento de Eficiência Governamental dos EUA, Yellen mostrou ceticismo. “É difícil imaginar como essa conta fecha”, comentou, observando que os gastos com defesa e programas obrigatórios, como Previdência Social e Medicare, são amplamente populares e complicados de reduzir.
Após quatro anos à frente do Tesouro, Yellen, de 78 anos, será substituída pelo executivo de fundos de hedge Scott Bessent. Ela destacou a experiência de mercado de Bessent como um “fator muito útil” para liderar a instituição.
Sobre seu futuro, Yellen revelou que pretende tirar férias e, em seguida, possivelmente retornar ao Brookings Institution – grupo de pesquisa americano – para escrever e refletir sobre sua experiência nos últimos quatro anos.
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