Grandes empresas eliminam trabalho híbrido e reabrem debate sobre futuro
Publicado 13/01/2025 • 17:08 | Atualizado há 3 meses
Tarifas podem impactar preço das roupas: ‘No fim, ninguém ganha’, diz especialista
Influenciadora e empreendedora lucra milhões com óleo capilar
Inflação de tarifas é ‘transitória’, diz dirigente do Fed Christopher Waller
Pfizer abandona pílula diária para emagrecimento após lesão no fígado em paciente
Esta pequena cidade na região de Abruzzo, na Itália, está vendendo casas por 1 euro — sem necessidade de entrada
Publicado 13/01/2025 • 17:08 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
O trabalho híbrido, adotado por diversas empresas a partir da pandemia, agora enfrenta resistência de grandes corporações. O JP Morgan, um dos maiores bancos do mundo, anunciou que, a partir de março, todos os seus funcionários deverão retornar ao escritório para os cinco dias úteis da semana.
A decisão reacende debates sobre o futuro do trabalho e gera dúvidas sobre o impacto na flexibilidade conquistada nos últimos anos. A mudança já afeta outras grandes empresas, como a Amazon, que também anunciou o retorno obrigatório ao trabalho presencial.
Uma pesquisa recente revelou que 7 em cada 10 funcionários da Amazon consideram mudar de emprego caso sejam forçados a abrir mão do trabalho híbrido. “A Microsoft, que opera na mesma região da Amazon, está de olho nesses talentos insatisfeitos e pronta para contratá-los”, afirmou o pesquisador e palestrante Joaquim Santini em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC.
Santini disse que este modelo aumenta a produtividade e também contribui para a qualidade de vida e retenção de talentos. “Minha experiência com clientes no Brasil mostra que o rendimento e a qualidade do trabalho no modelo híbrido são notoriamente superiores ao que víamos há 5 anos, quando o trabalho era majoritariamente presencial”.
Apesar dos benefícios, muitas empresas ainda adotam um modelo mais tradicional, motivadas pela crença de que a supervisão presencial garante a produtividade. “Há líderes que precisam ver o funcionário no escritório para acreditar que ele está produzindo”, afirmou Santini.
Um modelo de trabalho que ganha força é a semana de quatro dias, já implementada em algumas empresas brasileiras e internacionais. “Esse formato tem aumentado significativamente a satisfação dos funcionários, além de melhorar o clima organizacional. No Brasil, ainda é algo inicial, mas vem se consolidando globalmente”, explicou Santini.
Para ele, o futuro do trabalho passa por um equilíbrio entre as demandas dos funcionários e as necessidades das empresas. “O segredo está na flexibilidade, com monitoramento baseado na confiança e não no controle. Um ambiente de trabalho saudável é essencial para o sucesso de qualquer organização”, concluiu.
Mais lidas
Em meio a tarifas de Trump, Coreia do Sul anuncia R$ 113 bilhões para o setor de chips e semicondutores
Governo Trump congela US$ 2,2 bilhões em bolsas para Harvard após universidade rejeitar suas exigências
Grupo Potencial vai construir a maior fábrica de biodiesel do mundo no Brasil: "Vamos chegar a cerca de 1,7 bilhão de litros por ano”, diz VP
Por tarifaço, Nissan vai reduzir produção no Japão de modelo vendido nos EUA
Strategy investe mais de R$ 600 milhões em bitcoin